Crescer é uma droga!
Você começa descobrir que algumas coisas nunca vão ser como antigamente,
e outras você nunca vai aceitar por que quando você era criança era tudo tão
mais legal!
Sempre penso em desenhos animados, quando relembro coisas que eu gostava
na infância. Os desenhos são o mais palpável para eu perceber que as coisas de
antes não voltam e que as de amanhã não vão ser tão legais assim.
Cher Explica:
Bom, é que hoje eu acho que a maioria dos desenhos que eu assistia e
amava quando era criança são muito chatos. Tipo, não consigo ver He-Man, Ursinhos Carinhosos ou Duck Tales. Porra, eu amava esses desenhos (aqui um parênteses para
dizer que eu sempre, EVER, vou amar Caverna
do Dragão), mas agora acho tudo um tanto mal feito e desbotado. Sim, estou
ficando velha...
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BABOSEIRAS BABOSEIRAS |
Crescer nos anos 80/90 também me fez pegar um certo pavor de desenhos
3D. Amei o último Toy Story, mas queria tanto que ele fosse em duas dimensões
como o Rei Leão(!). Enfim, os desenhos de hoje em dia são um saco, por que eu
não estou acostumada com eles...
Uma coisa que não muda, graças à Deus, é minha paixão nada secreta pelos
filmes que passavam na sessão da tarde da minha infância. Ainda assisto
(comendo pipoca) todos os filmes que adorava quando era pequena. Entre eles
estão Curtindo a Vida Adoidado, Os Goonies, Quero ser Grande e O feitiço
do Tempo. Aliás, é por causa dos filmes que estou escrevendo esse post.
Hoje eu estava lembrando do Axel Foley...acompanha?
Um tira da pesada. Eis a musiquinha.
Eu estou aqui, doente para assistir os filmes do Eddie Murphy de novo.
Tipo, os filmes que o cara faz hoje, em sua maioria, são uma droga, mas O Tira da Pesada, O rapto do menino Dourado e Um
príncipe em Nova York...rulam.
Tinha também aquele filmes sobre a mãe que deixa as crianças com uma
babá e a velha morria, e a menina mais velha ia trabalhar para sustentar a
casa...se eu vejo esse filme passando na TV, paro tudo e vou assistir...coisa
nostálgica.
Outras coisas da época de criança também me pegam de jeito. Lego,
Barbie, io io mix (**), tubaína...são todas coisas lindas que me levam de volta
aquele tempo mágico e lindo em que a
mamãe fazia panqueca toda sexta-feira, bolinhos de nata uma vez por mês e meu
pai fazia a gente tomar um copo de leite todos os dias as três da tarde. O
tempo em que minha irmã só comia “alface sem talinho”, eu tinha um boneco Papai
Noel com o nome de Roberto, e eu e meus irmãos tínhamos dias marcados para
escolher os canais de televisão, andar de bicicleta era uma delícia, não um
martírio, a gente tomava banho de mangueira e fazia muitos castelinhos de
terra, a vó Alzira fazia bolinho de chuva e a vó Rita fazia o café mais fraco
ever.
Eu me pelava de medo do boneco Chuck e de extraterrestres, meu pai
colocava a gente de castigo cada um em um canto da casa e cada um tinha seu
lugar certo de sentar à mesa e na sala. Eu não ia ao banheiro sozinha, tinha
medo da minha mãe quando quebrava copos e nós três abríamos latas de leite
condensado escondido, assim como fuçávamos nos presentes de Natal antes da
data.
Era uma época muito legal, tinha um filme sobre um grupo de homens
vestidos de Papai Noel que seqüestravam uma classe cheia de crianças (eu juro
que esse filme chama Fortaleza) e eu
fiquei apavorada com a ideia de ser seqüestrada. A primeira vez que fui da
escola para casa sozinha eu me perdi e quase matei meus pais de preocupação, o
dia que eu quase fui atropelada em frente à quitanda, os jogos de corda e
elástico com as vizinhas. As brincadeiras com mapas de tesouros, o
ATARI...muita coisa boa.
E o melhor, eu não tinha responsabilidade nenhuma, não pagava contas,
não tinha que pensar no amanhã que podia ser difícil, nem tinha sofrimento
real, a não ser nos dias de jogo de futebol, que meu pai ficava com a TV e no
dia em que minha mãe me proibiu de assistir O Silêncio do Inocentes, eu assisti pela fresta da porta e quase
morri de medo.
É isso...
Nostalgia pura... Para voltar a assistir e a gostar do que você assistia naquela época, você também precisa voltar a pensar como pensava naquela época, voltar a pensar como criança e enxergar o mundo como tal. Particularmente, nunca me prendi muito a detalhes da infância e nem tenho vontade de voltar, mesmo porque eu acho que nunca abandonei este lado por completo. Não é só porque não tenho mais 10 anos que não vou assistir desenhos ou jogar video game.
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