Eu sou um tipo de garota pop-up. As coisas pulam da minha boca do mesmo
jeito que pulam as janelinhas inconvenientes quando você está navegando (e se
você usa o IE, morra).
Tem gente que diz que admira minha sinceridade, mas eu sei que posso ser
um pé no saco. Não é difícil acharem isso quando as pessoas convivem o
suficiente comigo.
Mas mesmo eu, na minha infinita nonsense, evito a todo custo certos
assuntos. Os clássicos.
Futebol, política e religião. E vamos colocar o sexo no meio, já que
também não é um dos meus assuntos favoritos.
Bom, eu não posso falar de futebol por motivos claros. Primeiro, detesto
o jogo. É DEMORADO. Detesto desde que eu era pequena e meu pai tirava do
desenho animado para ver o Palmeiras. Também não torço por nenhum time. Minha
mãe, competitiva e rolista, nos ensinou ser corinthianos para ir contra meu
pai. Não rolou. Adoro as piadas de futebol. O bom de não torcer por nenhum time
é que posso apreciar todas sem me sentir ofendida. Além disso, não entendo o
tal de impedimento. Meu ex sogro tentou me explicar algumas milhares de vezes,
mas eu ainda não entendo. Torci e me emocionei na Copa de 1994, mas depois tudo
esfriou. Copa do Mundo agora é uma desculpa para tomar cerveja no meio do expediente.
O pior que nem posso admirar os jogadores, por que a maioria é de homens feios,
burros e com cortes de cabelo horríveis.
Política é um assunto que não me interessa muito hoje. Já foi minha
paixão, uns seis ou sete anos atrás. Eu sabia tudo o que acontecia, era uma
leitora ávida e informada e gostava das fofocas de política de cidade pequena.
Isso mudou depois que entrei na faculdade e perdi o contato com algumas pessoas
com quem conversava sobre o assunto. Esfriou. Hoje vejo a política como um
grande jogo de interesse pessoal e uma guerra de egos, e realmente, me liguei
em outras coisas e deixei esse mundo de lado. Ainda consigo ler a Veja, a
Folha, mas não com o mesmo interesse de antes. Sinto que isso é uma grande
falha minha, o que me coloca com a maioria dos brasileiros, e faz o Brasil ser
esse poço de corrupção. Eu prometo mudar, um dia.
Quanto à religião, acho que é o assunto mais espinhoso que existe.
Pessoas que gostam de discutir religião geralmente também são irascíveis e
adoram uma briga. Eu não gosto de discutir isso. Para mim cada pessoa tem o
direito de acreditar em que quiser, desde que tenha certos princípios. Não
estou falando dos preceitos bíblicos, mas de certas coisas que são vistas como corretas,
como fazer o melhor e viver bem entre as pessoas. Tenho amigos católicos,
protestantes, batistas, espíritas, umbanda, agnósticos e ateus. Todos são boas
pessoas, tranqüilos e tal. Duas coisas que eu não gosto: os ateus que tentam
dissuadir os outros da existência de um deus e os pseudo-satanistas, que curtem
metal, fazem tatuagem, vestem preto e não lavam o cabelo...parecem uma versão
sombria dos clubbers e tem todos que ir tomar no cu.
O que eu acho legal na religião é a política por trás dela. Principalmente
na igreja católica. Mais de uma vez já disse que a Igreja Católica é uma grande
empresa, com tramas e politicagem. A história é fascinante. E claro, temos um
Papa. Tenho que abrir um parêntese aqui para falar que eu sempre quis ter um
filho chamado Bento, mas mudei de ideia por causa desse Papa. Eu não gosto
dele. Acho que é um pouco de preconceito por ele ter participado da 2ª Guerra
no exército alemão, mas a maior parte da minha implicância é por que eu adorava
o João Paulo II. Ele era carismático, instruído e um verdadeiro símbolo da paz.
Ele era pop.
Na parte sexual, eu não falo de sexo. Queria um dia abrir um blog
anônimo só para falar tudo que se passa na minha cabeça sobre o assunto, mas eu
sou careta demais para falar com alguém sobre isso, mesmo as pessoas mais
íntimas. Sexo é um ato que deve ser mantido entre duas pessoas (a não ser que
você seja adepto do voyerismo, ménage ou swing). Acredito que sexo pode ser
ótimo em qualquer idade, entre qualquer tipo de pessoas, com qualquer instrumento
que agrade, desde que tenha o consentimento de ambas as partes. Acho que hoje
as pessoas podem dar vazão aos desejos sem se preocupar tanto com o que o resto
da sociedade vai pensar. Isso é uma das coisas boas dessa liberação sexual. Só
tenho para mim que essas experiências podem ficar entre as quatro paredes do
quarto, ou dentro do carro, ou no elevador...mas discrição é minha palavra de
ordem quanto ao assunto.
É isso.
papa é pop na puta que paril !
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