Estava vindo do trabalho para casa hoje quando vejo uma coisa muito
desagradável: um velho escarrando na rua. Pensei duas vezes antes de escrever a
palavra “escarrando” aqui, mas porra, isso é muito nojento. Eu fico revoltada
com essa falta de noção de algumas pessoas em alguns assuntos. Se eu não me
engano, a época das escarradeiras foi a long time ago, e esse povo ainda pensa
que vive no Brasil Império ou o quê?
Bom, isso foi um desabafo, mas que também em fez pensar nas coisas que
me deixam puta ( e olha que eu estou cheia disso essa semana que nem começou
direito). Já escrevi sobre quem eu sou,
o que eu quero e outras coisinhas pessoais, e já que o blog está
descaracterizado mesmo, hoje é “o que me deixa puta”.
Já pegaram a coisa do escarro certo? Bom, essa é foda. Tem também
aqueles jogadores que assoam o nariz em campo. Porra, engole!! (sim,
trocadilhos florescendo). Eu acho uma tremenda falta de respeito e de higiene
fazer esse tipo de coisa, principalmente por que são atitudes controláveis. Mas
enfim.
Odeio quando eu estou cozinhando e alguém vem enfiar a mão na comida.
Tipo “mãe, deixa eu pegar só uma batatinha”...a minha vontade é jogar óleo
fervendo no individuo (vulgo meu filho). Ou quando ele fica perguntando se a
comida já está pronta. Será que um dia ele vai entender que EU NÃO POSSO
APRESSAR O FOGÃO?!
Odeio quando as pessoas ficam me rodeando e não dizem logo o que querem.
Meu chefe é campeão nisso e me deixa muito nervosa. Poxa vida, quer falar,
fala. Quer xingar, xinga. Quer reclamar...entendeu, né? Agora, ficar andando de
um lado para o outro, parecendo um bicho enjaulado, nobody deserve it.
Fico louca quando estou tentando ler ou assistir alguma coisa e as
pessoas ficam falando comigo. Entendam, se eu estou focada em alguma coisa,
melhor me deixar terminar. Se eu paro de prestar atenção no que estou fazendo,
ainda estou com o pensamento naquela coisa, e não sirvo para fazer mais nada.
Tenho pavor de que mexam nas minhas coisas. É uma ofensa. Sabe, tem
coisas que não deveriam vir à luz, nunquinha. Se minhas gavetas estão fechadas,
meus cadernos não estão expostos, meu celular está quietinho...existe uma
razão. Sou assim em todos os ambientes que frequento, acho que até mais no
trabalho do que em casa...gosto das coisas do meu jeito.
Não gosto que falem de mim pelas costas. Tem um problema comigo, vamos
resolver, ou não olhe mais para minha cara, mas não fale de mim para os outros.
Tipo, as pessoas vêm me contar. E eu vou tirar satisfação. Não admito isso, mas
abro uma exceção: meus amigos podem falar de mim um para o outro, bem ou mal,
desde que não deixem de me amar. Eu sei o quanto sou difícil e às vezes espetar
um bonequinho vodu meu é uma válvula de escape.
Odeio, odeio, estar errada em uma discussão, isso acontece por que sou
péssima em dar o braço a torcer, e posso arrastar uma discussão inútil por
muito tempo. Aqui tenho que abrir um parênteses para dizer que com algumas
pessoas que conheço, eu acabo concordando mesmo quando estou certa, só para que
parem de falar no meu ouvido. Infelizmente (ou felizmente) todas as pessoas com
quem convivo mais intimamente são argumentativas
e cabeças dura como eu, então um papo inocente com o pessoal pode se tornar um
debate dos mais interessantes.
Não curto atrasos. Odeio aquela coisa – “de noite eu apareço na sua
casa”. Porra, que horas??? Sou uma pessoa de definições. Isso já me fez sofrer
muito, por que comigo as coisas geralmente são preto no branco, e a maioria das
pessoas não é assim. Então quando alguém quer marcar algo, por favor,
estabeleça um horário, e cumpra. Já deixei de sair, e tive algumas brigas por
causa de atrasos. O mais foda é quando os homens dizem que as mulheres demoram
em se arrumar. Eu não conheço quase nenhum homem que não se atrase, e todos os
que fazem isso não se importam de deixar os outros esperando. Eu não gosto de
deixar os outros esperando.
Morro de raiva de ser ignorada. Tipo, bate de frente comigo, mas não me
deixe falando sozinha. Algumas vezes as pessoas preferem “deixar pra lá” quando
eu começo esquentar. Putz, isso me mata. Eu preciso de uma briguinha saudável
de vez em quando. Se eu sou ignorada, aquela coisa que me fez ferver vai ficar
na minha cabeça, e vai voltar com uma potência muito maior. Se bem que
ultimamente eu ande muito com a frase “eu não vou falar sobre isso”...as
pessoas mudam mesmo! (Oo)
Não gosto quando mulheres colocam a mão em mim sem necessidade. Nem
homens, na verdade. Odeio esse povo que conversa encostando. Eu estou aqui, do
seu lado, não precisa colocar a mão no meu braço a cada cinco minutos.
Infelizmente mulheres fazem muito isso. Antigamente, eu nem beijava minhas
amigas. Ainda não beijo a maioria, e elas sabem que eu não gosto. Só
cumprimento com beijinhos as namoradas frescas dos meus amigos, mas felizmente
as vejo pouco (isso não inclui as Marianas, ok?). Existe uma exceção à essa
regra. Tenho uma amiga super fresca que não me incomoda, e se ela puder, me
pega no colo. Andressa. Acho que é o jeito dela.
Bom, acho que é isso. Eu sou ranzinza, fico brava fácil, mas do jeito
que vem, vai. Essa lista boba não inclui – lógico - as coisas que ninguém
suporta, como maltrato aos indefesos, pessoas estúpidas e Zorra Total. Aliás,
que diabos de nome é “Zorra Total”. Porra!
Desculpe os palavrões. =]
A princípio, ao se ler este texto, tem-se a impressão de que ele foi escrito por uma velha ranzinza que estava de mal com a vida (imagina em), depois ele parece como um desabafo (expondo suas mágoas). Talvez ele seja um pouco dos dois, uma pessoa ranzinza que está pondo seus desgostos para fora rsrsrsrs. Contudo eu acho que é interessante ser assim "transparente", pois, apenas quem lhe entender e gostar de você ficará por perto.
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