quarta-feira, 14 de setembro de 2011

8 ou 80


Estava vindo do trabalho para casa hoje quando vejo uma coisa muito desagradável: um velho escarrando na rua. Pensei duas vezes antes de escrever a palavra “escarrando” aqui, mas porra, isso é muito nojento. Eu fico revoltada com essa falta de noção de algumas pessoas em alguns assuntos. Se eu não me engano, a época das escarradeiras foi a long time ago, e esse povo ainda pensa que vive no Brasil Império ou o quê?
Bom, isso foi um desabafo, mas que também em fez pensar nas coisas que me deixam puta ( e olha que eu estou cheia disso essa semana que nem começou direito).  Já escrevi sobre quem eu sou, o que eu quero e outras coisinhas pessoais, e já que o blog está descaracterizado mesmo, hoje é “o que me deixa puta”.
Já pegaram a coisa do escarro certo? Bom, essa é foda. Tem também aqueles jogadores que assoam o nariz em campo. Porra, engole!! (sim, trocadilhos florescendo). Eu acho uma tremenda falta de respeito e de higiene fazer esse tipo de coisa, principalmente por que são atitudes controláveis. Mas enfim.
Odeio quando eu estou cozinhando e alguém vem enfiar a mão na comida. Tipo “mãe, deixa eu pegar só uma batatinha”...a minha vontade é jogar óleo fervendo no individuo (vulgo meu filho). Ou quando ele fica perguntando se a comida já está pronta. Será que um dia ele vai entender que EU NÃO POSSO APRESSAR O FOGÃO?!
Odeio quando as pessoas ficam me rodeando e não dizem logo o que querem. Meu chefe é campeão nisso e me deixa muito nervosa. Poxa vida, quer falar, fala. Quer xingar, xinga. Quer reclamar...entendeu, né? Agora, ficar andando de um lado para o outro, parecendo um bicho enjaulado, nobody deserve it.
Fico louca quando estou tentando ler ou assistir alguma coisa e as pessoas ficam falando comigo. Entendam, se eu estou focada em alguma coisa, melhor me deixar terminar. Se eu paro de prestar atenção no que estou fazendo, ainda estou com o pensamento naquela coisa, e não sirvo para fazer mais nada.
Tenho pavor de que mexam nas minhas coisas. É uma ofensa. Sabe, tem coisas que não deveriam vir à luz, nunquinha. Se minhas gavetas estão fechadas, meus cadernos não estão expostos, meu celular está quietinho...existe uma razão. Sou assim em todos os ambientes que frequento, acho que até mais no trabalho do que em casa...gosto das coisas do meu jeito.
Não gosto que falem de mim pelas costas. Tem um problema comigo, vamos resolver, ou não olhe mais para minha cara, mas não fale de mim para os outros. Tipo, as pessoas vêm me contar. E eu vou tirar satisfação. Não admito isso, mas abro uma exceção: meus amigos podem falar de mim um para o outro, bem ou mal, desde que não deixem de me amar. Eu sei o quanto sou difícil e às vezes espetar um bonequinho vodu meu é uma válvula de escape.
Odeio, odeio, estar errada em uma discussão, isso acontece por que sou péssima em dar o braço a torcer, e posso arrastar uma discussão inútil por muito tempo. Aqui tenho que abrir um parênteses para dizer que com algumas pessoas que conheço, eu acabo concordando mesmo quando estou certa, só para que parem de falar no meu ouvido. Infelizmente (ou felizmente) todas as pessoas com quem convivo mais intimamente  são argumentativas e cabeças dura como eu, então um papo inocente com o pessoal pode se tornar um debate dos mais interessantes.
Não curto atrasos. Odeio aquela coisa – “de noite eu apareço na sua casa”. Porra, que horas??? Sou uma pessoa de definições. Isso já me fez sofrer muito, por que comigo as coisas geralmente são preto no branco, e a maioria das pessoas não é assim. Então quando alguém quer marcar algo, por favor, estabeleça um horário, e cumpra. Já deixei de sair, e tive algumas brigas por causa de atrasos. O mais foda é quando os homens dizem que as mulheres demoram em se arrumar. Eu não conheço quase nenhum homem que não se atrase, e todos os que fazem isso não se importam de deixar os outros esperando. Eu não gosto de deixar os outros esperando.
Morro de raiva de ser ignorada. Tipo, bate de frente comigo, mas não me deixe falando sozinha. Algumas vezes as pessoas preferem “deixar pra lá” quando eu começo esquentar. Putz, isso me mata. Eu preciso de uma briguinha saudável de vez em quando. Se eu sou ignorada, aquela coisa que me fez ferver vai ficar na minha cabeça, e vai voltar com uma potência muito maior. Se bem que ultimamente eu ande muito com a frase “eu não vou falar sobre isso”...as pessoas mudam mesmo! (Oo)
Não gosto quando mulheres colocam a mão em mim sem necessidade. Nem homens, na verdade. Odeio esse povo que conversa encostando. Eu estou aqui, do seu lado, não precisa colocar a mão no meu braço a cada cinco minutos. Infelizmente mulheres fazem muito isso. Antigamente, eu nem beijava minhas amigas. Ainda não beijo a maioria, e elas sabem que eu não gosto. Só cumprimento com beijinhos as namoradas frescas dos meus amigos, mas felizmente as vejo pouco (isso não inclui as Marianas, ok?). Existe uma exceção à essa regra. Tenho uma amiga super fresca que não me incomoda, e se ela puder, me pega no colo. Andressa. Acho que é o jeito dela.
Bom, acho que é isso. Eu sou ranzinza, fico brava fácil, mas do jeito que vem, vai. Essa lista boba não inclui – lógico - as coisas que ninguém suporta, como maltrato aos indefesos, pessoas estúpidas e Zorra Total. Aliás, que diabos de nome é “Zorra Total”. Porra!
Desculpe os palavrões. =]

Um comentário:

  1. A princípio, ao se ler este texto, tem-se a impressão de que ele foi escrito por uma velha ranzinza que estava de mal com a vida (imagina em), depois ele parece como um desabafo (expondo suas mágoas). Talvez ele seja um pouco dos dois, uma pessoa ranzinza que está pondo seus desgostos para fora rsrsrsrs. Contudo eu acho que é interessante ser assim "transparente", pois, apenas quem lhe entender e gostar de você ficará por perto.

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