quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Contos de fadas


Lançarem duas séries sobre contos de fadas na mesma semana me cheira a espionagem.
Bom, eu acho que se continuar no ritmo que estão, vou curtir bastante as duas. Estamos falando de Once Upon a Time e Grimm.
O que elas tem em comum?
Bom, por enquanto apenas um fusca, mas acho que em algum momento as coisas vão começar perder o rumo e ficarem repetitivas, já que os contos de fadas são, sim, algo restrito. Pelo menos o que o grande público conhece.
Bom, mas vamos à eles.

Once Upon a Time.
Achei a historinha meio menininha, mas eu sou uma menininha, então achei até legal. Temos a ex-Dr. House Jennifer Morrison no papel da filha da Branca de Neve. Juro. Ele vive entre nós, mortais, desde que foi mandada para cá, recém nascida, para fugir de uma maldição (ainda não bem explicada) lançada pela Madrasta Má no reino da Snow White.
O que acontece é que em uma pequena cidade no MAINE (referencia ao nosso lindo, querido e amado Stephen King ou o que?) todos são, aparentemente, personagens de contos de fadas. Só que não sabem disso. O único que sabe de tudo é o filho da Jennifer, que foi adotado pela Bruxa Má. Ficou confuso? É, eu também.
Enfim, Emma (Jennifer) vai até essa cidadezinha que a Cher esqueceu o nome e resolve ficar uma semana com o filho que ela deu para a adoção com dias de vida. E ela conhece o Grilo Falante, a Vovózinha, a Chapeuzinho e o Rumpelstichen (sim, procurei no Google para escrever o nome dele)! Vamos ver o que vai acontecer agora que ela já está lá!



Grimm.
Eu gostei de Grimm. Um Grimm é um ser humano que pode ver seres de contos de fadas. Aparentemente é um “dom” passado entre membros da família, com a morte de um deles. Quando a tia de Nick está para morrer, ele herda suas visões. E no primeiro episodio ele caça um lobo mal, com a ajuda do parceiro não místico. Algumas coisas ficam por dizer, pás o pilot foi bacana. Quero saber de o Nick (que tem uma semi-noiva que pelo jeito não vai durar muito) vai contar para o parceiro, Hank, sobre suas visões. No final do primeiro episódio percebemos que alguém está querendo matar a tia de Nick, que aparentemente foi fodona em sua época.

Os atores não são meus conhecidos, mas o que valeu foi a participação de Silas Weir Mitchell como um lobo não tão mal. Adoro o Silas pela cara de louco e os personagens insanos que ele faz, como o Patoshik de Prision Break e o cara de Corrida pela Herança.

Grimm tem um pouco de Supernatural, mas espero que não perca o rumo também. São duas pessoas caçando monstros, mas eu fiquei me perguntando se eles vão se concentrar naquela cidade ou vão viajar...

Tirando uma média dos dois, eu ainda fico com Grimm, que é mais minha cara, por ter um pouco mais de ação, mas acho que Once Upon a Time tem tudo para dar certo...por uma temporada pelo menos.

Let’s watch it!

I speak!


Quando entrei na faculdade, com a avançada idade de 23 anos, resolvi fazer Letras. Sempre amei a literatura de língua inglesa, mesmo que só tivesse lido as traduções, já que não falava uma palavra de inglês na época, então a escolha óbvia foi cursar letras com ênfase em Literatura Inglesa.
Tínhamos aulas de língua inglesa e eu agradeço muito a teacher Emery pela paciência comigo e o resto do pessoal que não conhecia a língua. Comecei meu curso de inglês com uns 25 e rapidamente comecei pegar os macete. Tenho uma certa facilidade com línguas e pronúncias, acho que pelo fato de ser uma leitora voraz por toda a vida. Mas eu nunca soube a falta que sentia do Inglês, até conhecer a língua.
Hoje em dia, quando sento em frente ao computador, por exemplo, uso o inglês para quase tudo. Pesquisas conversas com pessoas de outros países, e para diversão. Praticamente tudo que encontramos nos blogs da vida, originalmente estava em inglês.
Além do mais, descobri que as brochuras em inglês são mais baratas que os livros traduzidos, e que quando lemos uma tradução perdemos muito do sentido original das frases.
Quando estava na faculdade, as professoras sempre falavam sobre a constante mudança das línguas e é muito fácil perceber isso em uma língua estrangeira. No curso, aprendemos inglês formal, e quando caio em um filme, seriado, ou na net, acabo percebendo o quanto uma língua pode oferecer fora da formalidade. Isso não é tão perceptível na nossa língua materna justamente por que nós mesmos promovemos as mudanças. Acabo sempre me surpreendendo com o quanto uma língua pode ser diferente em sua forma culta e a maneira como ela é realmente usada.
Além disso, acabou se tornando divertido perceber as variações linguísticas do inglês entre o povo americano. A maneira arrastada como o povo fala no oeste, ou as gírias especificas dos novaiorquinhos.
Enfim, sempre comento com os alunos do CCAA que eles podem aprender muito mais se eles se interessassem em ouvir, ou ler coisas que não fazem parte do curso. Acredito que o inglês modificou muito minha vida, a maneira como entendo as coisas e ampliou meus horizontes, e cada vez mais me surpreendendo o quanto foi fácil para mim. Espero que outras pessoas possam tirar tanto proveito desse conhecimento quanto eu tirei e ainda tiro, e quero agradecer aos professores que me deram essa oportunidade e me ajudaram a aprender tanto, além de me darem a possibilidade de encontrar outras formas de aprender a partir da ótima base que recebi.

Adaptações


Essas duas últimas semanas foram um tipo de karma tentando se espreitar e entrar na minha vida. Espero não ter deixado...
Bom, eu estou em um processo foda de adaptação. As coisinhas confortáveis e tranqüilas da minha vida foram caindo, uma a uma e eu tive que reconstruir muitas coisas para poder (sendo dramática aqui) sobreviver.
Estou me acostumando com uma nova casa, uma situação financeira menos estável, algumas pessoas que eu não consigo mais lidar com um sorriso na cara, amigos que reapareceram, outros que se foram, minha família louca, meu trabalho cheio de pressão, e minha vida amorosa nova e desafiante. O_o
No meio de tudo isso, eu quase joguei a toalha!
Essa noite tive pesadelos horríveis e acordei de madrugada para pensar. Acho que estou começando entender o que está acontecendo comigo, e é tão simples e idiota...eu só estou com medo dos rumos que minha vida vai tomar nos próximos meses, anos talvez. Estou com receio das coisas que eu possa fazer agora que vão interferir lá na frente, no meu futuro e no do eu filho. Essa semana estava falando com algumas pessoas sobre o desejo que tenho que o Eduardo tenha oportunidades grandes na vida, e ouvi que cada um de nós faz seu próprio caminho. Porra, eu falo isso para os meus alunos todas as semana, e sempre acreditei nisso para mim, mas estagnei.
Me acomodei com uma situação fácil, sem me preocupar muito com onde estaria em 10 anos. Algumas pessoas acham que é perda de tempo pensar nisso, já que você não pode controlar as coisas...mas isso não é verdade. Algumas coisas nós temos que fazer hoje para colher os frutos amanhã. E é exatamente o que eu queria evitar fazer, colocando todos os tipos de empecilhos nas decisões que queria tomar.
De uns dias para cá, amadureci algumas ideias que estavam há anos na minha cabeça. Tomei algumas decisões que não queria tomar e percebi realmente do que eu gosto e o que quero fazer. Eu finalmente descobri o que quero, e não acho que nada vai poder me impedir de chegar lá. Além do mais, resolvi que não posso ficar esquentando a cabeça com as coisas das quais não tenho controle.
Como diria Joseph Climber, ‘a vida é uma caixinha de surpresas’!
Então...estou na fase das adaptações. Aprendendo que eu não posso ter as coisas do meu jeito, nem na hora que eu quiser. Entendendo que o meu tempo comigo mesma é sagrado e não posso profanar essas horas. Descobrindo que a pessoa que quero ao meu lado vai ter que ter uma paciência incrível, por que eu vou um cacto espinhento. E que eu também vou ter que ter muita paciência, por que até hoje eu não tive.
Estou entendendo que chegou a hora de falar o que estou pensando, não importa para quem, por que estou de saco cheio de agradar quem não merece, e que não vale a pena ficar comparando as pessoas, por que eu sempre vou ter a minha volta pessoas inúteis e sem vontade, e não adianta lutar contra a correnteza, esse tipo de pessoa tem imã.
Estou me convencendo de que as coisas vão acontecer do jeito certo e no tempo certo e que não posso abrir mão do que quero por que é difícil, ou mais cômodo.
Estou percebendo que terei que abrir algumas concessões sempre, mas não tantas quanto fazia até hoje, e que a partir de agora, só abrirei concessões para pessoas com quem me importo e que julgo importantes na minha vida, e não para todos que eu acho que devo me ‘dar bem’.
Então, chegou a hora de me adaptar à minha nova vida, fazer planos a longo prazo e deixar as coisas engatilhadas para que meus sonhos e objetivos se tornem realidade.
Amém.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Singela homenagem à esses escritores divinos


Adoro os escritores ingleses.
Não entendo bem o por que deles escreverem tão bem, mas é um fato, pelo menos para mim. Parece que tudo que os ingleses se propõem a escrever, o fazem bem. Talvez tenha relação com eles viverem isolados do continente, ou apenas com o fato de a cultura e história deles ser tão complexa e forte, mas o fato é que tenho uma queda por escritores da nossa amada Inglaterra (e seu quintal).
Posso citar vários, mas quero falar dos mais conhecidos. Sir Arthur Conan Doyle.
Eu cresci com o Sherlock Holmes. E quis ser detetive por muito tempo por causa dele. Sherlock Holmes é um personagem extremante complexo, intrínseco e focado. De tudo isso, eu sou só complexa, mas não de um jeito tão cool quanto é nosso querido detetive-referência–para-todos-os–detetives-do-mundo.
Acho que foi a partir dos textos do Conan Doyle que resolvi escrever. As aventuras de Holmes eram tão legais! A primeira que li foi O Cão de Baskerville. Alguém me disse que era uma historia de terror. Claro que não! Uma historia de detetive, quando eu tinha catorze anos e uma mente super fértil. Foi o máximo. Li todos antes de completar quinze.
Ainda nessa linha, conheci algum tempo depois a rainha do crime, vulgo Agatha Christie. Já falei dela aqui, e adoro tanto a mulher quando sua história. Não foi só a Mary Shelley (outra inglesa fantástica) que escreveu um livro a partir de uma aposta. Olha como os ingleses são fofos, apesar dos dentes horríveis! Estamos entediados, está nevando e o chá acabou! Vamos fazer uma aposta, quem escreve o melhor livro!
Meus olhos brilham de tanto amor por essas pessoas inteligentes.
E engraçadas.
Vai, quem assistiu Monty Python sabe do que estou falando. O lindo, discreto (não tão discreto em Monty Python) e inteligente humor inglês. Vide Douglas Adams e Terry Pratchett. Um dia, em minha imensa sabedoria, escreverei um post completo sobre o Discworld do Pratchett, mas por enquanto, tenho que dizer que esses dois carinhas deveriam ganhar prêmios de melhores comediantes do mundo. Desse mundo, do Disco e de toda a galáxia, com toalha ou não.
Ler um texto do Pratchett (que considero melhor que o Adams) é algo orgástico. Você já riu sozinho lendo alguma coisa, tipo, de cinco em cinco minutos? É por que você não leu Pratchett. Ele conseguiu pegar elementos de todo o mundo e encaixar em um mundo que é, na verdade, um negativo do nosso, onde as falcatruas que nós cometemos à surdina são feitas descaradamente, e ai de quem reclamar. Os personagens do Pratchett são extremamente caricatos e bem construídos, e nós acabamos virando fã deles. Há uma cena em que podemos ver os deuses brincando em um tabuleiro em que as peças são seres humanos. Legendário!
Depois temos os fundadores da fantasia. Tolkien e os Lewis (CS, irlandês) e o pedófilo(?) Caroll. Se alguém me disser que existe um livro mais completo que O Senhor dos Anéis, eu não acreditarei. Comparo O Senhor dos Anéis com as epopéias. É a coisa mais linda. Tolkien construiu um mundo a partir do nada e o povoou, lhes deu línguas, genealogia e história. The Lord of the Rings só perde, ao meu ver, para as bíblias (sim, no plural, de várias religiões). Tolkien é um tipo de deus que montou seu mundo com papel. E depois veio o Peter Jackson e transformou em um filminho pretty cool.
Estou terminando de ler a última crônica de Nárnia e adorei a alegoria cristã misturada com aventura e gostinho de infância. Nárnia é o lugar onde eu gostaria de ir. É a história que contarei para minha filha, se eu a tiver (meu filho foi criado com Cebolinha, o que também é muito bom). Já meus filhos lerão Alice só depois de grandes...
Depois temos o Neil Gaiman, pai do Sandman e de todas as coisas sombrias que podem passar pela sua mente. O Gaiman não pode ser normal. Definitivamente. Mas é um escritor do caralho. Além de escrever bem, tem a mente mais fértil que existe na Inglaterra de atualmente. Ler Gaiman para mim tem um efeito parecido com usar drogas. LSD, maybe (e podemos por o Caroll aqui também). Consigo viajar nas histórias dele como se não houvesse amanhã. Vide Deuses Americanos. **
Também tem um terrorzinho, claro. Peter Straub. Conheci Peter Straub através de Talismã, que ele escreveu com Stephen King, e não parei mais. Li alguns de seus livros, o melhor livro de terror ever é dele (Ghost Story) e tenho que admitir que nenhum de seus livros é fácil. Quer ficar deprimido, decepcionado com sua condição de ser humano e sem esperanças de dias melhores? Leia Peter Straub. Ainda bem que o cara escreve terror, por que se fosse filósofo, muitas pessoas iriam começar meter balas na cabeça. Mais uma coisa legal nos livros do Straub é a superação. Tipo, se você consegue passar da página 30, o livro rende que é uma beleza. Tive que ler um livro dele seis vezes para conseguir criar coragem e terminar. Mas valeu totalmente a pena.
E quando falamos de terror, falamos do Poe! Adro Poe pela sua simplicidade. Pra mim, ele foi um cara muito a frente do seu tempo e revolucionou a maneira como um texto poderia ser escrito. Um conto do Poe equivale a um romance pretensioso qualquer dia da semana. Nem sei se é justo colocar Poe no meio dessa listinha maluca, já que ele está alguns passos acima desses deuses que homenageei ai em cima. Mas ele tem um lugar no meu coração, assim como...Blake! eu só li The Marriage of Heaven and Hell para meu TCC, mas é um dos autores que quero ler muito antes de morrer (O_o)
Além desses temos Bram Stoker ( e a copycat Anne Rice), Emily Brönte, Oscar Wilde, Irving..
H.G Wells que revolucionou o mundo com suas ideias futuristas...
E dois de que nem me atrevo falar: Shakespeare e Dickens.



"Podes dizer-me, por favor, que caminho devo seguir para sair daqui?
Isso depende muito de para onde queres ir - respondeu o gato.
Preocupa-me pouco aonde ir - disse Alice.
Nesse caso, pouco importa o caminho que sigas - replicou o gato."

Retirado de Alice

O nerd, o pop e a old-school


Esses dias alguém me chamou de nerd. Meus amigos realmente nerds hão de discordar disso! (primeiríssima vez na minha vida que escrevo a palavra hão).
Explico. A “nerdisse” exige uma característica que eu não tenho: envolvimento. Tipo, nerds cultuam certas coisas, e eu sou só saudosista. Acho que todo muito que foi muito feliz nos anos 80 tem um pouco de nerdisse embutida. Quem foi muito feliz trancado dentro de casa, como eu. A maioria das pessoas que eu conheço foram crianças que jogaram bola na rua, pularam elástico e talvez tiveram uma personalidade mais expansiva. Eu era quieta, minha mãe era rígida e eu cresci assistindo TV e jogando ATARI. Por isso minha paixão maligna pelo River Ride e pelo Lucas Silva e Silva. Isso não é ser nerd, meu amigo.
Eu tenho um bom gosto, só isso.
Posso recitar filmes da sessão da tarde, como já fiz aqui. Posso falar dos desenhos que passavam na época, e minha paixão pelo Donatelo...posso escrever uma dissertação sobre os brinquedos e doces da época. Lembram daquele chiclete Ploc que vinha com dois sabores? **


Essa semana começou uma movimentação muito bacana no Facebook. Dizem que é uma campanha pela não violência contra a criança. Eu digo que é um surto de nostalgia, ao qual aderi. Até agora troquei de avatar três vezes. Fui o Gorpo (o bem vence o mal, espanta o temporal). Fui o Darkwin Duck, o terror que voa na noite e agora sou a ladra Carmen San Diego. Fico pensando por que colocaram o nome da vilã como titulo do desenho...mas eu adorava!!! Ainda prefiro o Darkwin Duck, mas fiz uma concessão à um personagem feminino.
Bom, viajei.
Queria falar sobre essa onda nostálgica super legal que tomou conta do FB. Legal por que as pessoas aparentemente estão mais leves em relembrar uma época que foi mais fácil para a maioria. De verdade, vejo que todos estão escrevendo coisas mais fofas, as reclamações diminuíram e todos parecem estar fazendo duas coisas: se divertindo e mostrando o que conhecem. Um monte de gente pode se proclamar nerd por isso depois...hoje em dia existe um certo orgulho em assumir a nerdisse. Mas lembrem-se, crianças, não basta ser nerd, tem que ralar muito e enfrentar obstáculos para ser um Steve Jobs (que Deus o tenha). Ficar no PC, ver mangá e bater punheta não vai lhe render futuro nenhum.
Mas vamos falar de coisa boa, vamos falar de Top Therm.
Quando digo que me falta envolvimento, digo isso por que consigo ouvir meus amigos falando sobre campanhas de RPG que jogaram 10 anos atrás com brilhos nos olhos de lembrar que personagens interpretaram. Tipo, a última vez que eles começaram com o papo eu dormi! Ninguém nunca vai me ver brigando com ninguém por que acho Star Wars melhor ou pior que Star Trek (não vi nenhuma das duas, ponto a menos pra mim). Não vão me ouvir dizer o quanto o Marty Mcfly chutou o traseiro de todo mundo tocando Johnny B. Good.  Ok, isso vocês vão ouvir por que foi awesome. Nem vou falar que quase morri de ansiedade para ver Indiana Jones 4 (=[). Às vezes eu acho que mais que saudosista, sou só um moleque desajustado que nasceu menina por simples cretinice do acaso. Eu gosto de coisas que os meninos gostam. Isso não quer dizer que eu não brinquei de Barbie. Brinquei bastante. Mas eu sempre preferi o Lego. Também não quer dizer que não tive amigas...oh, wait! Só tive amigas a partir da sétima série. Antes eu subia nas árvores com os meninos!!

O negócio é o seguinte: meu amor pelos filmes dos anos ’80, pelos desenhos e jogos, meu amor pelO Senhor dos Anéis, Douglas Adams e companhia, meu conhecimento parco de Monkey Island, Travian e D&D são apenas coisinhas que fui absorvendo aqui e ali ao longo de 28 anos muito bem aproveitados em meio a pessoas que são nerds reais. Eu aprendi mexer no PC no Windows 95, sim, e daí? Isso não me faz nerd, me faz velha. Eu sou super fã do Super Mário, e não sou nerd, só tenho bom gosto. Se eu pudesse ter um carro, teria uma Delorian, se eu fosse um herói, queria ser um herói ninja, se eu quisesse ser um animal, seria um dragão. 

Mas eu não falo do Bilbo como se ele fosse um velho tio meu. Eu não andaria com um chicote na cintura, mas uso chapéus...(e casaria com o Indi), eu teria medo do Slot, não gostaria de ser amiga do Ford Prefect por que ele mete a gente em confusão (mas fiz parte de uma comunidade chamada Marvin me entenderia (depressiiiiiiiiiiiiva)), não faço parte do 4chan, não assisti 2girls1cup, não comeria a Liv Tyler (ou comeria?), curto estar no meio de pessoas, consigo passar uma semana sem computador, não sei o final de Lost, acho Big Bang Theory bobinho, e não sei nenhuma regra de RPG (mas meu amigo Jão me deu os dados!), não gosto de quase nada que venha do Japão (exceção para o pepino japonês), não joguei Magic (mas adoro Fiasco)...isso me faz nerd ou só alguém que viveu tempos mais interessantes?
Acho que posso me considerar alguém que gosta do pop. Do pop de bom gosto, das pessoas com senso de humor e um pouquinho mais de QI...mas só. Na verdade eu sou só um pouquinho louca. 


Esse post vai para: Wagner, Jão, Lari, Mário e especialmente Marcus, que vai no comigo no  Marty McFly Arrival Party