segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Um Tira da Pesada




Nesse final de semana juntamos, uns amigos e eu, para celebrar a beleza cinematográfica dos anos 80 (vide sessão da tarde).
Fiquei lembrando a época perfeita em que eu podia comer o que quisesse sem me preocupar se ia caber na roupa, que eu não sabia o que era ter contas a pagar e que deitar na frente da TV para assistir filmes era um ritual diário.
Eram mais ou menos 40 filmes que se repetiam intermitentemente nas tardes do plim plim. Claro que o mais clássico de todos os clássicos foi A lagoa azul (que eu gostaria de dizer que, como todos os outros seres racionais do mundo, eu odiava) que agora vai, sim, ganhar um remake. Espero então que o filme saia no começo de 2013 e que o mundo acabe em 2012. Só.
Mas alguns filmes dessa época são ouro puro. Vide Goonies e Deu a louca nos monstros. Bom, os dois são sobre crianças vivendo aventuras para lá da imaginação. Para uma mente fértil como a minha, acho que esses filmes foram a porta de entrada para todo o tipo de loucura que absorvi desde então.
Enfim, estávamos decidindo entre muitos filmes legais, entre eles Te pego lá fora que está na minha lista de filmes para ver, e decidimos por Predador, com Arnold Schwarzenegger e Um tira da pesada com Eddie Murphy.
Eu gostava muito dos filmes do Eddie Murphy quando eu era criança. Achava tudo muito engraçado. Lembro de Um príncipe em Nova York e a cena em que ele vai à barbearia cortar o cabelo. E o mingau de aveia com sangue em O Rapto do Menino Dourado.
Infelizmente, em 1994, com O Tira da Pesada 3 Eddie Murphy cai no limbo, pelo menos pra mim.
Bom, mas voltando ao primeiro filme, as cenas são de gargalhar.  A ideia de ver os filmes foi por um post no Facebook com um vídeo de Axel Folley com Serge. Serge é o vendedor de uma galeria de arte, e aparece no primeiro filme só como mais um alivio cômico. Mas a cena é hilária. Serge volta nas sequências, como um vendedor de armas.  
A cena é essa:



O mais legal do filme é a maneira como Folley consegue levar todo mundo na conversa e fazer piadas até quando está com uma arma na cabeça. Uma das melhores cenas é quando ele se passa por um inspetor da alfândega e pergunta para o chefe da segurança como “um criolo como eu, vestido desse jeito, consegue entrar aqui à essa hora da noite” e “ esse posto da alfândega é o mais inseguro que eu já vi no país, exceto por Cleveland (?)”.
Assistam, e dublado, como fizemos.


Em tempo e essa é surpresa pra mim...esse filme concorreu ao Oscar de melhor roteiro original!

Bag of Bones (Minissérie)



Vamos falar de coisa boa? Vamos falar de Stephen King (aqui os críticos podem dar risadinhas e perguntar do que diabo estou falando em relacionar SK com coisa boa, mas eu gosto, então dá licença que o blog é meu).
Não é segredo para ninguém que eu adoro o SK. Além das muitas horas me divertido com as histórias, filmes e entrevistas do escritor, usei alguns trabalhos dele na minha monografia e fiz muitos amigos virtuais com o mesmo gosto que eu.
Os críticos metem o pau no homem, e durante um tempinho também tive um pouco de receio de me declarar fã do mestre, já que cursei o erudito curso de Letras, mas hoje eu quero que se foda e declaro: adoro os livros do cara.
Não todos, claro. Quem gosta de Pet Sematary (não a música do Ramones, gente) pode morrer agora que não será lamentado.
Falar em Pet Sematery, Cemitério Maldito, me faz pensar em uma das coisas que não gosto do SK (e que nem é culpa dele) que são as adaptações televisivas. Tipo, terminaram de estragar Cemitério Maldito com o filme. E temos outros exemplos, como a primeira versão d’O Iluminado e O Aprendiz. Por outro lado, temos adaptações mais que excelentes, como Um sonho de Liberdade, À espera de um Milagre, Carrie e The Mist (essa última, uma surpresa geral).
Além disso, temos as mini séries baseadas na obra do mestre, como O Iluminado (que, diferente do filme do Kubric, foi muito fiel ao livro), Dança da Morte, que ficou ótima e essa nova, Bag of Bones.
É sobre ela que quero falar.
Quando li Saco de Ossos pela primeira vez, não gostei muito. Achei o livro um pouco idiota e forçado. Li uma segunda vez uns dois anos depois e peguei algumas coisinhas que tinha deixado passar na primeira leitura. Saco de Ossos é um livro sobre uma maldição familiar. Sobre como algo ruim pode refletir no futuro de outras pessoas. E em como as pessoas podem ser cruéis. É a história de um grupo que comete um ato de maldade impensado e tem suas gerações futuras amaldiçoadas. É sobre toda uma cidade que guarda um segredo terrível. É sobre crianças assassinadas e sendo chamadas de putinhas.
No fim das contas, o livro me conquistou. Pude sentir o sofrimento real de um homem que amou uma mulher, mas não deu a atenção devida a ela enquanto ela estava viva. A dor de um homem que não sabia se tinha sido traído ou não. A adaptação desse homem a uma vida nova. E conheci, claro, mais uma casa mal assombrada.
Adoro casas mal assombradas, e essa, no lago Dark Score é o máximo. Nós temos uma cabeça de alce empalhada, imãs de geladeira que se mexem e corujas para espantar os maus espíritos.
E ai fizeram uma minissérie em dois capitulo. E fodeu com tudo.
Primeiramente, sempre pensei no Noonan (personagem principal) como um Nice Guy. Um cara limpo, bonito, mas comum. Deram o papel para o Pierce Brosnan que, me desculpem os fãs (se é que ele os tem) um ator de filme pornô aposentado. O cara não sabe interpretar. Ele é chato. Envelheceu mal. E não sabe interpretar (falei duas vezes?).
A história ficou confusa. Não deu medo. Não estava fiel ao livro em pontos que não tinham por que ser mudados. No livro, o personagem principal era o lago, que quase não aparece na série. As interpretações dos personagens (cem exceção de Mattie e Jo) foram tão caricatos que deu vontade de chorar. Grande legado cinematográfico esse!
Realmente, foram as três horas mais mal gastas do meu ano de 2012 (excetuando Nikita, Chalie’s Angels...(porra, quanta porcaria é feita hoje em dia!).
Só escrevo para dizer para você, Leitor Fiel, vá ler o livro!!!

sábado, 17 de dezembro de 2011

Planeta dos Macacos - A Origem


Há muito tempo que eu não ficava impressionada com um filme como fiquei com esse.  Sou do tipo que está sempre brigando com as pessoas pelos significados ocultos que elas acham em qualquer coisa. Tipo “os zumbis são a representação do socialismo” ou “a vertente desse quadrinho é claramente marxista”. Fuck all of you.
Mas claro que existe o outro lado disso, as ficções que são feitas para representar a realidade, e por que não fazer isso com macacos falantes?
Assisti o primeiro remake de Planeta dos Macacos uns anos atrás e gostei, era uma historia interessante, com os papeis invertidos. Os humanos eram os alienígenas em um planeta, e os macacos a representação do que os humanos são.
Nesse novo filme, as coisas são bem mais interessantes. A história se passa na Terra, nos nossos dias atuais. Vemos como uma grande corporação só visa os lucros. A primeira cena é uma caçada na África. Os macacos são capturados para serem usados em um laboratório de experimentos.
Planeta dos macacos é um filme sobre revolução, que vem a calhar no momento histórico que estamos vivendo, vide Europa, Egito...
Fiquei muito impressionada com tudo que o filme faz com nossa cabeça, e mexe com nossos sentimentos. Nos identificamos com o macaco (Ceasar) desde a primeira cena. A mãe dele foi morta pelos humanos, ele está condenado a morte mais é salvo por um cientista de bom coração. Mas Ceasar não é mais um símio comum, ele herdou da mãe, geneticamente, a inteligência à que ela foi induzida durante os experimentos no laboratório. Ceasar é a representação de como nós devemos seguir as normas impostas por outros. Ele usa o banheiro, como um humano, e tem permissão de andar pela casa, mas não de sair nas ruas. Ele tem seu quarto em um sótão, em que pode ver pela janela as crianças brincando. E ele se pergunta por que não pode estar lá com elas.
Enquanto Ceasar está obedecendo as ordens, ele tem uma vida tranqüila, mas quando resolve sair de casa, é espancado por um vizinho. Ele só queria brincar!!
No fim das contas Ceasar extrapola regras sociais e vai para um abrigo de macacos. Ele é tratado como lixo (pelo Draco Malfoy – weird) e humilhado por humanos e outros macacos.
Então ele se rebela.
As cenas do filme são incríveis. Alguns panoramas de São Francisco, com os macacos invadindo a Golden Gate...totally worth.
Esse é um filme que ultrapassa a diversão. Poderia falar dele em um post imenso, mas não é um filme para ser descrito, e sim para ser visto.


quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Please, don't kill the dog (Cowboys & Aliens)


Se eu fosse ganhar uma moeda cada vez que alguém me disse que eu não sou normal, eu tinha conseguido comprar o Box original com extras do The Lord of the Rings com o dinheiro do porquinho.  Meu namorado é mais doce e diz que eu tenho a mente perturbada. Alguns dizem que sou louca...e talvez eu seja. Mas eu fiquei um pouco pensativa esse final de semana com os filmes que eu vi. 
O que você acha de um filme com o 007, o Indiana Jones e alguns Et’s?
Assistiu Cowboys & Aliens? Assista.
O filme é basicamente sobre...bem, sobre Cowboys versus Aliens. E é uma coleção de clichês. Tem TODOS que possam existir (talvez eu esteja exagerando, mas...).
É a história de um pequeno vilarejo do velho oeste que é atacado por máquinas voadoras vindas do espaço. Temos o sallon, o fazendeiro que manda na cidade, o cara procurado (que não lembra quem é e carrega um bracelete alienígena à lá Ben 10), uma mulher lutadora, um menino, um cachorro, um cara que não sabe atirar, e índios.
No final, o cara que não sabe atirar atira. Clichê número 1, check.
Todo lugar tem isso, né?
Nunca vi um filme ou seriado em que o cara que não sabe atirar morre por causa disso. No final, ele, miraculosamente, acerta a cabeça de alguma coisa. Um alvo bem pequenininho, e de preferência, de bem longe. Pelo menos, nesse caso, o cara usa uma espingarda...(amo espingardas) (sim, pode ter alguma coisa com minha condição feminina, inveja do pênis e tal)(sim, tenho inveja do pênis, queria fazer xixi em pé)
O cara mal se torna bonzinho em prol de um bem maior (matar Et’s). Esse é o Harrison Ford, um homem para quem eu vou pagar pau, ever. Ele está velho, faz um personagem ranzinza e eu ainda olho para ele e vejo o Indi. No filme, Ford começa um tanto quanto mal, e temos a clássica cena de um homem sendo castigado amarrado entre dois cavalos. Cortar homens no meio assim é uma das coisas mais bizarras e criativas que eu já vi  =]

Daniel Craig faz o mocinho. Primeira coisa sobre ele nesse filme: a calça que ele usa, realça muito a bunda...sério. Qualquer um nota. Depois temos o peitoral...(abana), e ele tem o bracelete do Ben 10. A história ele é um bandido procurado que perde a memória após ser raptado pelos Et’s e volta com esse bracelete, que é uma arma alienígena que ele pode usar para ataca. Ele também atira bem, é corajoso e em uma das últimas cenas descobrimos que a arma dele tem, aparentemente, um estoque inesgotável de balas. Clichê, clichê, clichê. 
Nice Ass, Mister



Temos também dois clichês de morte. Uma com discurso, quando o “filho adotivo índio” de Ford (no me lembro do nome dos personagens) diz que ele é o pai que ele queria ter tido, e blah blah, blah. E quando um dos alienígenas morre, bem no finalzinho, e dá aquele susto final antes de ir para o limbo ou seja lá para onde eles vão quando morrem...
Temos o garoto, que está a procura do avô que foi raptado, e recebe uma faca para “proteger-se” e acaba matando um dos aliens com ela, e temos um cachorro, e minha preocupação maior, durante todo o filme, foi que o Border Collie não morresse. O nome do cão é cão.
Sacanagem quando os animais morrem nos filmes, e nesse temos uma cota de cavalos assassinados.  Não acho isso legal. Matem as crianças, as mulheres, matem as formiguinhas, mas por favor, não os animais. Se for matar animais, que sejam os gatos.
Ah, ia esquecendo da gostosa. Nesse caso, não apareceu nem um pedacinho de pele dela. É a Thirteen do Dr. House, e SPOILER, ela é um ET de uma raça dizimada. Bom, não entendi bem o papel dela ali, mas tínhamos que ter uma moça bonita para justificar Hollywood.
E temos os ET’s, claro. Muito bem feitos, muito interessantes...mas não se faz mais ET’s como antigamente.  Preferi os de Sinais. (claro, ISSO foi uma piada).
Li um blogueiro americano falando que a continuação vai se chamar Things & Stuff...(AHHUAHHUAHUA)
Bom, no final, o filme é bem divertidinho, e vale a hora e meia que perdemos nele...
É isso.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

A louca dos gatos, tiros e casamento.



Sim, não é fácil colocar as três coisas no mesmo post, mas eu sou foda, né?
Primeiro, quem não conhece a louca dos gatos, ela faz parte do seriado Simpsons e é essa aqui, ó:

Ela é uma velha que vive com milhões de gatos, e fala sozinha e pragueja quando sai na rua.
Bem, ontem postei essa mesma imagem no FB dizendo que eu tinha medo de ficar assim. As mulheres concordaram e os homens não entenderam (claro). A louca dos gatos é a representação máster dos medos femininos...ficar sozinha.  Um parênteses aqui para dizer que não temos medo só de ficar sem um homem, mas sozinhas, de verdade. O medo de ficar sem um homem é mais social do que qualquer coisa.
Bem, quando ao casamento, ontem uma amiga veio reclamar que todas as amigas estão se casando e ela sozinha. Ela é muito bonita, inteligente e bacana, mas está um pouco desesperada por que está chegando aos trinta...eu estou chegando aos trinta também...
O negócio com o casamento, pelo menos na minha visão, é a coisa do vestido, da igreja, fotos e depois fazer o que as amigas da minha amiga fazem...imitar o KIKO do Chaves. (eu tenho e não te dou).
Exibir um marido é um saco. Eu fiz isso por muito tempo, com um noivo que eu tive e que acabou não dando em nada (graças a Deus). Tipo, a mulher se sente, sim, vitoriosa, em conquistar um status que as amigas não têm. And it sucks. Por essas e outras percebo como fui filha da puta por um tempo (bem curto, by the way). Meu relacionamento era uma droga, mas minha super grossa aliança de ouro causava inveja. Então te, né?
Hoje, quando eu arrumar um louco que queira casar comigo, vou fazer tudo direitinho e escondidinho. Priorizo a relação, o que temos de bom, o que temos que consertar, e não a aprovação/inveja/opinião da sociedade. Estou mais feliz assim, com minha felicidade real e menos compartilhada.
No fim, temos os tiros. Voltemos então para o Como não ser a louca dos gatos.
First thing: faça o bem. Se você quer que as pessoas te amem, não as use e descarte. Não ache que os outros têm a mesma obrigação de gostar de você, da maneira como você gosta deles, ou mais. Cada um te dá o valor que acha que você merece, então se você se preocupa só com você mesmo, vai se foder...a vida se encarrega.
A regra dos tiros (desenvolvida por mim ontem à noite) é a seguinte:
Você tem três pessoas por quem levaria um tiro? Três pessoas por quem daria um tiro em outro? Três pessoas que levariam um tiro por você?
Dramática? Bom, pode ser...
Mas isso também se chama amor. Eu amo muitas pessoas, de muitas maneiras diferentes. E levaria um tiro por algumas delas, sim. Como sou mãe, acho que nunca ficarei sozinha, de fato, mas as pessoas não sanguíneas da minha vida também são muito importantes.
Eu sei que às vezes sou ruim, faço coisas estúpidas, como as descritas ai acima, mas eu tenho uma coisa comigo que é muito forte...eu sempre tento fazer para todos(que merecem) o que eu gostaria que fizessem por mim. E acho que sou uma boa julgadora de caráter também, só me aproximando de pessoas que realmente me amam.
Sabe por que eu tenho medo de ser a Louca dos gatos?
A gente não conhece ninguém, e não conhecemos a nós mesmos. Eu não sei como vou estar, ou com quem, quando estiver velha. Hoje é nisso que penso quando penso em casamento. Não no vestido, na festa, nas minhas amigas solteiras. Penso no homem com quem vou dividir a vida, construir as coisas, ter um filho, uns dois netos, viajar, envelhecer. É a parte que desejo.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Save Ferris Bueller


Se você viveu nos anos 80, com certeza sabe quem é Ferris Bueller. Se você não sabe, pode morrer agora e o resto de nós não sentirá sua falta.
Já assistiu “curtindo a vida adoidado”?? sinceramente eu gosto muito do nome desse filme em português, acho que foi um dos raros acertos, que eram mais comuns 20 anos trás.
Ferris Bueller’s Day off é um filme de 1986 que trás Mathew Broderick no papel principal e de maneira totalmente genial. O filme conta um dia na vida de Ferris, sua namorada Sloane e o melhor amigo, Cameron. Ferris decide matar aula e consegue convencer Cameron, que está doente em casa, de participar com ele de um dia em Chicago. Para chegar à cidade eles tiram Sloane da escola e roubam a Ferrari do pai de Cameron.
A história gira em torno do diretor da escola, Ed Rooney,tentando provar que Ferris está matando aula.
Enquanto Rooney procura por Ferris, sua irmã Jeanne (Jennifer Gray – que só fez dois filmes de destaque na vida (esse e Dirty Dancing)) tenta provar para seus pais que o irmão os está enganando. Para melhorar a história, o próprio Ferris espalha a história de que está morrendo por falta de um rim, e diversas vezes durante o filme vemos referencias à Ferris em placas, com os dizeres “Save Ferris”.
Algumas coisas no filme são muito interessantes, como a quebra da quarta parede. Ferris fala diretamente com o telespectador durante todo o filme. E também tem frases geniais.
Existe uma lenda que há alguns anos está rodando por Hollywood um roteiro sobre Ferris adulto, mas não sei até onde isso é verdade e nem o quão arriscado pode ser produzia a sequência de um Cult.
Outra coisa que gosto bastante é quando Ferris canta Twist and Shoult em uma parada.

Além disso temos uma participação  muito interessante no final do filme. Charlie Sheen faz uma ponta! Nos créditos ele é “the boy in the police station” e exatamente quem ele é. Jeanne está na delegacia e ele pergunta se é por causa de drogas. Ela diz que não, e pergunta por que ele está lá. Ele diz que é por causa de drogas. Premonição ou o que?
Por fim, a música, clássica, de Curtindo a vida Adoidado...

Acho que pelo menos uma vez por mês foi postar sobre uma dessas pérolas dos anos 80 aqui. Qual será o próximo?


Em tempo, em Portugal o filme se chama O Rei dos Gazeteiros...chupa.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Great Scott and Holy Shit!


Poucas coisas me confundem tanto na ficção como a Viagem no Tempo.
Tipo, não consigo entender uma pessoa viajar no tempo, voltar pra um futuro alterado e não lembrar do que aconteceu no seu passado mesmo que, supostamente, tenha vivido aquelas coisas. Mas não vou ficar batendo nessa tecla por muito tempo porque, hoje, quero falar do filmes mais legal que já vi na vida, que sempre adorei e que, sim, me deixa perplexa muitas vezes. Back to the Future.
Vou falar da trilogia como se fosse apenas uma longa história contada em três partes, pois não consigo considerá-la de outra forma.
Os personagens: Acho muito legal como se dá a relação dos personagens no filmes. Primeiramente, não creio que Marty tivesse conhecido o Dr. Brown se Marty não tivesse viajado para 1955 quando estava em 1985 e tenha conhecido o Dr. Do passado. Oo.
Aí eu me confundo. Afinal, se Marty não tivesse voltado ao passado, o Dr. Brown provavelmnete não teria contruído a máquina do tempo no Delorian. (aqui a primeira curiosidade – originalmente o Delorian deveria ser uma geladeira. Os produtores mudaram de ideia pois pensaram que as crianças poderiam querer entrar nas geladeiras de casa depois de ver o filme).
Enfim, o primeiro contato do Dr. Emmet Brown com Marty de dá em 1955, quando os pais de Marty nem se conheciam. Quando Marty viaja no tempo pela primeira vez, ele sai do estacionamento de uma loja chamada Twin Pines (Pinheiros gêmeos) e quando passa para o ano de 1955 é lavado à uma fazenda, onde o estacionamento seria construído no futuro. Mas nosso Marty derruba um dos pinheiros com o Delorian, e quando ele volta para o futuro, a placa do estacionamento é One Pine. Esse é um dos detalhes que mostra que Marty voltou para uma realidade diferente da que saiu, tipo, um futuro alternativo, em que ele não se lembra exatamente de sua infância, por que algumas atitudes que ele incentivou seu pai a tomar no passado fez com que o futuro de sua família fosse alterado. Ele não sabia, por exemplo, que tinha um carro (que era o desejo de consumo antes da viagem). Estou sendo confusa?
Bom, o que eu gosto no filme é como todas as explicações ficam amarradas uma à outra, de modo que quando assistimos com atenção, podemos pescar certos detalhes muito legais, como o lance dos pinheiros, ou quando Marty joga um jogo de tiro no fliperama no futuro (com o lindo Elijah Wood) e depois joga tiro ao alvo do mesmo jeito no velho oeste, ou como o relógio da torre faz parte da história de Hill Valley. Além disso temos as homenagens. Marty é Calvin Klein em 1955 e Clint Eastwood em 1885. Podemos ver referencias frequentes a Pepsi e a Nike, em todas as realidades Hill Valey tinha um posto Texaco. Além disso, há brincadeiras não tão sutis, como a propaganda sobre o filme Tubarão 19, do próprio Spielberg que, segundo Marty, continua não parecendo de verdade.
Gostar de Back to the Future é fazer uma homenagem aos lindos anos 80. E o mais incrível é que assistir a versão remasterizada do filme dá a impressão de que a película é muito mais recente.
Agora, vamos falar das coisas épicas.

A primeira é Marty tocando na festa de formatura de seus pais. Melhor cena do filme, Johnny B. Goode! (sem falar que ali podemos saber como o Chuck Berry teve a “ideia” para a música). Nota: podemos até dizer que Johnny B. Goode não tem autor, já que Marty aprende com Chuck, e Chuck aprendeu com Marty. Se Marty não tivesse viajado no tempo, Johnny B. Goode não existiria. (weird).
Outra cena que gosto bastante é a perseguição, no futuro, com os super-skates-voadores. Aquilo é o máximo, assim como os tênis e a jaqueta (que seca sozinha) ajustáveis. A cena da perseguição em 1955, quando Marty quebra o carrinho do menino para fazer um skate de madeira também é demais, e com um extra: Biff e o esterco. Cena que se repete nas duas partes seguintes do filme. (uma curiosidade – todos os membros, em todas as épocas, da família Tenen foram representados pelo mesmo ator) e toda vez que vejo esse ator em qualquer filme com o Thomas F. Wilson eu morro de raiva dele. =]
Quando Marty representa Darth Vader, com ajuda do Van Halen para convencer George Mcfly à convidar Lorene para o baile, orgástico. A cena é muito mais comprida e pode ser vista em extras e na internet da vida.
No fim das contas podemos dizer que Back to The Future é uma coleção de referencias Pop muito bem montadas e dispostas de forma inteligente. Provavelmente cada vez que assisto percebo uma coisa que não tinha visto anteriormente e eu nunca canso de ver.
As imagens que estão pelo post foram colecionadas e são super divertidas. Abaixo uns links bacanas.
O post é para o @mbrabilla. Claro. 


Sobre a expressão preferida do Dr. Brown - http://en.wikipedia.org/wiki/Great_Scott


quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Contos de fadas


Lançarem duas séries sobre contos de fadas na mesma semana me cheira a espionagem.
Bom, eu acho que se continuar no ritmo que estão, vou curtir bastante as duas. Estamos falando de Once Upon a Time e Grimm.
O que elas tem em comum?
Bom, por enquanto apenas um fusca, mas acho que em algum momento as coisas vão começar perder o rumo e ficarem repetitivas, já que os contos de fadas são, sim, algo restrito. Pelo menos o que o grande público conhece.
Bom, mas vamos à eles.

Once Upon a Time.
Achei a historinha meio menininha, mas eu sou uma menininha, então achei até legal. Temos a ex-Dr. House Jennifer Morrison no papel da filha da Branca de Neve. Juro. Ele vive entre nós, mortais, desde que foi mandada para cá, recém nascida, para fugir de uma maldição (ainda não bem explicada) lançada pela Madrasta Má no reino da Snow White.
O que acontece é que em uma pequena cidade no MAINE (referencia ao nosso lindo, querido e amado Stephen King ou o que?) todos são, aparentemente, personagens de contos de fadas. Só que não sabem disso. O único que sabe de tudo é o filho da Jennifer, que foi adotado pela Bruxa Má. Ficou confuso? É, eu também.
Enfim, Emma (Jennifer) vai até essa cidadezinha que a Cher esqueceu o nome e resolve ficar uma semana com o filho que ela deu para a adoção com dias de vida. E ela conhece o Grilo Falante, a Vovózinha, a Chapeuzinho e o Rumpelstichen (sim, procurei no Google para escrever o nome dele)! Vamos ver o que vai acontecer agora que ela já está lá!



Grimm.
Eu gostei de Grimm. Um Grimm é um ser humano que pode ver seres de contos de fadas. Aparentemente é um “dom” passado entre membros da família, com a morte de um deles. Quando a tia de Nick está para morrer, ele herda suas visões. E no primeiro episodio ele caça um lobo mal, com a ajuda do parceiro não místico. Algumas coisas ficam por dizer, pás o pilot foi bacana. Quero saber de o Nick (que tem uma semi-noiva que pelo jeito não vai durar muito) vai contar para o parceiro, Hank, sobre suas visões. No final do primeiro episódio percebemos que alguém está querendo matar a tia de Nick, que aparentemente foi fodona em sua época.

Os atores não são meus conhecidos, mas o que valeu foi a participação de Silas Weir Mitchell como um lobo não tão mal. Adoro o Silas pela cara de louco e os personagens insanos que ele faz, como o Patoshik de Prision Break e o cara de Corrida pela Herança.

Grimm tem um pouco de Supernatural, mas espero que não perca o rumo também. São duas pessoas caçando monstros, mas eu fiquei me perguntando se eles vão se concentrar naquela cidade ou vão viajar...

Tirando uma média dos dois, eu ainda fico com Grimm, que é mais minha cara, por ter um pouco mais de ação, mas acho que Once Upon a Time tem tudo para dar certo...por uma temporada pelo menos.

Let’s watch it!

I speak!


Quando entrei na faculdade, com a avançada idade de 23 anos, resolvi fazer Letras. Sempre amei a literatura de língua inglesa, mesmo que só tivesse lido as traduções, já que não falava uma palavra de inglês na época, então a escolha óbvia foi cursar letras com ênfase em Literatura Inglesa.
Tínhamos aulas de língua inglesa e eu agradeço muito a teacher Emery pela paciência comigo e o resto do pessoal que não conhecia a língua. Comecei meu curso de inglês com uns 25 e rapidamente comecei pegar os macete. Tenho uma certa facilidade com línguas e pronúncias, acho que pelo fato de ser uma leitora voraz por toda a vida. Mas eu nunca soube a falta que sentia do Inglês, até conhecer a língua.
Hoje em dia, quando sento em frente ao computador, por exemplo, uso o inglês para quase tudo. Pesquisas conversas com pessoas de outros países, e para diversão. Praticamente tudo que encontramos nos blogs da vida, originalmente estava em inglês.
Além do mais, descobri que as brochuras em inglês são mais baratas que os livros traduzidos, e que quando lemos uma tradução perdemos muito do sentido original das frases.
Quando estava na faculdade, as professoras sempre falavam sobre a constante mudança das línguas e é muito fácil perceber isso em uma língua estrangeira. No curso, aprendemos inglês formal, e quando caio em um filme, seriado, ou na net, acabo percebendo o quanto uma língua pode oferecer fora da formalidade. Isso não é tão perceptível na nossa língua materna justamente por que nós mesmos promovemos as mudanças. Acabo sempre me surpreendendo com o quanto uma língua pode ser diferente em sua forma culta e a maneira como ela é realmente usada.
Além disso, acabou se tornando divertido perceber as variações linguísticas do inglês entre o povo americano. A maneira arrastada como o povo fala no oeste, ou as gírias especificas dos novaiorquinhos.
Enfim, sempre comento com os alunos do CCAA que eles podem aprender muito mais se eles se interessassem em ouvir, ou ler coisas que não fazem parte do curso. Acredito que o inglês modificou muito minha vida, a maneira como entendo as coisas e ampliou meus horizontes, e cada vez mais me surpreendendo o quanto foi fácil para mim. Espero que outras pessoas possam tirar tanto proveito desse conhecimento quanto eu tirei e ainda tiro, e quero agradecer aos professores que me deram essa oportunidade e me ajudaram a aprender tanto, além de me darem a possibilidade de encontrar outras formas de aprender a partir da ótima base que recebi.

Adaptações


Essas duas últimas semanas foram um tipo de karma tentando se espreitar e entrar na minha vida. Espero não ter deixado...
Bom, eu estou em um processo foda de adaptação. As coisinhas confortáveis e tranqüilas da minha vida foram caindo, uma a uma e eu tive que reconstruir muitas coisas para poder (sendo dramática aqui) sobreviver.
Estou me acostumando com uma nova casa, uma situação financeira menos estável, algumas pessoas que eu não consigo mais lidar com um sorriso na cara, amigos que reapareceram, outros que se foram, minha família louca, meu trabalho cheio de pressão, e minha vida amorosa nova e desafiante. O_o
No meio de tudo isso, eu quase joguei a toalha!
Essa noite tive pesadelos horríveis e acordei de madrugada para pensar. Acho que estou começando entender o que está acontecendo comigo, e é tão simples e idiota...eu só estou com medo dos rumos que minha vida vai tomar nos próximos meses, anos talvez. Estou com receio das coisas que eu possa fazer agora que vão interferir lá na frente, no meu futuro e no do eu filho. Essa semana estava falando com algumas pessoas sobre o desejo que tenho que o Eduardo tenha oportunidades grandes na vida, e ouvi que cada um de nós faz seu próprio caminho. Porra, eu falo isso para os meus alunos todas as semana, e sempre acreditei nisso para mim, mas estagnei.
Me acomodei com uma situação fácil, sem me preocupar muito com onde estaria em 10 anos. Algumas pessoas acham que é perda de tempo pensar nisso, já que você não pode controlar as coisas...mas isso não é verdade. Algumas coisas nós temos que fazer hoje para colher os frutos amanhã. E é exatamente o que eu queria evitar fazer, colocando todos os tipos de empecilhos nas decisões que queria tomar.
De uns dias para cá, amadureci algumas ideias que estavam há anos na minha cabeça. Tomei algumas decisões que não queria tomar e percebi realmente do que eu gosto e o que quero fazer. Eu finalmente descobri o que quero, e não acho que nada vai poder me impedir de chegar lá. Além do mais, resolvi que não posso ficar esquentando a cabeça com as coisas das quais não tenho controle.
Como diria Joseph Climber, ‘a vida é uma caixinha de surpresas’!
Então...estou na fase das adaptações. Aprendendo que eu não posso ter as coisas do meu jeito, nem na hora que eu quiser. Entendendo que o meu tempo comigo mesma é sagrado e não posso profanar essas horas. Descobrindo que a pessoa que quero ao meu lado vai ter que ter uma paciência incrível, por que eu vou um cacto espinhento. E que eu também vou ter que ter muita paciência, por que até hoje eu não tive.
Estou entendendo que chegou a hora de falar o que estou pensando, não importa para quem, por que estou de saco cheio de agradar quem não merece, e que não vale a pena ficar comparando as pessoas, por que eu sempre vou ter a minha volta pessoas inúteis e sem vontade, e não adianta lutar contra a correnteza, esse tipo de pessoa tem imã.
Estou me convencendo de que as coisas vão acontecer do jeito certo e no tempo certo e que não posso abrir mão do que quero por que é difícil, ou mais cômodo.
Estou percebendo que terei que abrir algumas concessões sempre, mas não tantas quanto fazia até hoje, e que a partir de agora, só abrirei concessões para pessoas com quem me importo e que julgo importantes na minha vida, e não para todos que eu acho que devo me ‘dar bem’.
Então, chegou a hora de me adaptar à minha nova vida, fazer planos a longo prazo e deixar as coisas engatilhadas para que meus sonhos e objetivos se tornem realidade.
Amém.