quinta-feira, 24 de junho de 2010

I'm a farmer

Eu gosto de Farmville...é legal.
Farmville é um jogo em tempo real vinculado ao Facebook, em que os jogadores cuidam de uma fazenda, plantando e colhendo legumes grãos e flores, além de formar um pomar, um estábulo e galinheiro.
Jogo Farmville há quase um ano e tive minhas épocas de querer acompanhar o jogo toda hora e as épocas de abandonar. Volto sempre porque os idealizadores do jogo colocam desafios novos. Construir uma estufa, um berçário para os filhotes, conseguir pegar as ovelhinhas comemorativas, passar de fase, se tornar mestre em cada um dos tipos de sementes.
As pessoas que não jogam perguntam por que eu gosto dessa porcaria. É uma terapia. Farmville é o único lugar em que minha vida é organizada e funciona o tempo todo. É minha versão virtual das pessoas que arrumam “namorados” e “amigos”. Eu investi em uma fazenda, oras!
O que mais gosto em farmville são os gráficos, sem dizer que aprendi muitas coisas em inglês que não dá tempo de ver em uma escola de idiomas. Além do que Farmville, como qualquer outro entretenimento para que sabe pesquisar, pode ser cultura. Sabe aquele melaço que os americanos colocam em cima das panquecas? Pois aquilo não é feito de mel, ou açúcar. É extraído de uma árvore, igual borracha é extraída da seringueira.
Além do que as coisas são BONITINHAS!!!!!!
Temos porcos, ovelhas e vacas. Um monte de filhotes. Carroças com flores, feno e tomate. Casinhas bonitinhas, silos e celeiros.
Eu tenho dois cachorros (Hamburguer e Kyle) que tenho que alimentar a pelo menos cada dois dias, e eles crescem, e vão aprendendo truques. Tenho um avião que ajuda minhas plantas crescerem mais rápido (desde que eu tenha farmcash, o que nunca tenho), bicicletas e até um parquinho. Bom...eu tenho minhas folguinhas de todos os problemas quando estou colhendo minhas ervilhas lá....this is it.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Os tolos morrem antes



Quem nunca ouviu falar de “The Godfather” não vive nesse mundo.


“O poderoso chefão” ficou famoso através dos filmes de Coppola, ganhando diversos Oscar(s) e entrando para o rol dos filmes mais famosos e mais elogiados do mundo. Vi os filmes alguns anos atrás e, viva Coppola.


Mas vamos falar dos livros do Puzo. O escritor era nova-iorquino, de descendência siciliana e escreveu sobre o que, aparentemente, conhecia bem, as relações entre os sicilianos.


O Padrinho (na primeira tradução que eu li de The Godfather) conta a história de uma família encabeçada por Don Vito Corleone que com seus filhos Fredo e Sonny controlam a máfia na cidade de Nova York e vivem em guerra com outras famílias.


É meio tosco falar de O poderoso Chefão tão resumidamente, mas as pessoas têm que ver o filme ou ler o livro para entender a grandiosidade dessa história, e cara, pra eu dizer que ler o livro ou ver o filme dá na mesma é aprovar o filme 100%. Não gosto de adaptações, não gosto que transformem grandes histórias em babaquices sem fundamento e não gosto quando o Sirius Black não é bonito de jeito que imaginei!(:P), mas eu tenho que tirar o chapéu para o Coppola e dizer que se você quer saber o que é um clássico...aí está.


Mas não quero me prender a apenas esse livro do Puzo, mesmo por que existe um que considero tão bom quanto esse que é Má Lucia.


Mama Lucia conta a história da família de Lucia e como eles lutam pra sobreviver em meio à pobreza, ao crime e ao preconceito contra italianos, ao mesmo tempo em que mostra como uma mãe pode ser firme ou fraca ao criar seus filhos, como uma mulher pode cometer erros para ter um homem por perto e como as pessoas podem ser filhas da puta em geral ou cretinos em particular.


Gosto muito desse livro, que apesar de ser fictício retrata algumas coisas passam pela nossa cabeça mesmo que não admitamos. Ler Mama é olhar pelo buraquinho da fechadura e ver todas as vergonhas que tentamos esconder.


Outro livro do Puzo que curti bastante foi Os Tolos Morrem Antes. Você pode fazer duas coisas para conhecer Las Vegas sem sair de casa: leia Os tolos morrem antes e assista CSI. O livro de Puzo é voltado para as apostas e o esquema de jogos, e é legal pra caramba!!!!!


Bom, leiam Puzo, bambinos e fiquem com uma frase do velho padrinho:


"Nunca odeie seus inimigos. Atrapalha o raciocínio."

sábado, 19 de junho de 2010

Please, don’t lie to me.

Dr. Carl Lightman é um cientista. Ele também é manco, e o melhor: Inglês.
Junto com sua sócia, a psicóloga Gillian Foster, ele consegue descobrir se um político corrompeu uma eleição ou se o maluco da cidade realmente viu um OVNI. Eles fazem isso lendo expressões faciais.
Não dá pra negar que o forte da série é a interpretação de Tim Roth. O ator é brilhante e consegue passar para o espectador todo o tipo de sentimento, como a inveja/admiração que sente por sua funcionária Ria Torres. Tanto Ria quanto Lightman podem dizer se uma pessoa está mentindo ou não apenas lendo expressões faciais. Mas, enquanto Lightman estudou durante anos, inclusive em tribos aborígenes, para ser um expert, Ria é uma “natural”, ou seja, tem a percepção aguçada a ponto de saber até mesmo o que Lightman está sentindo.
Em uma empresa particular a equipe de Foster e Lightman presta serviço à governos, polícia, CIA, FBI e particulares.
A série não é forte, acho que falta um pouco de mistério, ou complicações de nível psicológico, com alguns casos muito tediosos, mas sempre há boas surpresas, como no episódio em que a mulher tem dupla personalidade e o penúltimo...2X11, em que Lightman passa a acreditar que um universitário é um serial killer.
Não, The Mentalist e Lie to me não tem nada em comum, embora em ambos os casos os protagonistas tirem conclusões a partir de observações. A equipe de Lie to Me é excelente, atores bons e tem um clima sério, enquanto, em minha opinião, The Mentalist é parecido com um circo e Jane é só um palhaço.
A única coisa de mau gosto na série é a tradução para o português: “engana-me se puder”. TOSCO!

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Pegando um atalho

Imagine um cara velho, com uma barriguinha considerável, dirigindo um trailer pelo deserto do Novo México apenas de cuecas e máscara anti gás.
É assim que começa o seriado Breaking Bad.
Segundo nossa amiga Wiki "o termo 'breaking bad' é uma gíria do sul que significa que alguém desviou-se do caminho correto e passou a fazer coisas erradas”.
É a história de Walter White, um Nobel de química que vive na pobreza com sua esposa grávida e seu filho deficiente. Quando WW descobre que tem um câncer inoperável decide que está na hora de guardar dinheiro para sua família e começa a produzir metanfetamina.
http://listentothe.files.wordpress.com/2009/10/breaking-bad-amc-0409-lg.jpgMas WW não se contenta só em fabricar meth, ele “cozinha” a melhor meth que até os peritos de laboratório já viram. Infelizmente, para vender sua produção ele se associa à Jesse, um traficantezinho medíocre e confuso, além de drogado inveterado.
A série está na terceira temporada, mas até agora assisti somente a primeira, com sete episódios.
Eu gostei??
Não sei. Embora eu sinta curiosidade em saber o que vai acontecer com as personagens da história, existe algo incômodo com a série. Tudo é muito cru, muito feio e seco. Os cenários têm um ar parado e frio e tudo gira em torno de uma mediocridade, depressão e medo.
O que eu senti ao assistir Breaking Bad foi desesperança. Parace que as coisas nunca vão acontecer do jeito que queremos que elas aconteçam...e não falo dos personagens, e sim de nós. BB mostra, de um jeito cruel que a vida começa e acaba e que tudo o que fazemos dela perde o sentido porque não vamos ficar aqui para sempre.
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sábado, 5 de junho de 2010

Percy Jackson e todas as coisas que achávamos o máximo quando éramos crianças


Quem não ficou tremendamente encantado com as histórias gregas quando tinha seus 12 anos?  Bom, eu não posso falar por todos, já que sempre fui muito esquisita, mas já cheguei a ler dicionários sobre mitologia grega para tentar entender um pouquinho mais das fantasias do Olimpo.
Não é fácil, já que os graus de parentesco, as vinganças e os superpoderes são muitos, os nomes são difíceis e as aventuras têm monstros quase indescritíveis. É como uma HQ sem desenhos...
Bom, talvez agora seja um pouco mais fácil entender a mitologia grega, com os livros de Rick Riordan.
Percy Jackson é um garoto hiperativo e disléxico que conseguiu o impossível: ser expulso de seis escolas em seis anos. E isso porque acontecem coisas perto dele que ele não pode explicar. Monstros aparecem do nada e tentam atacá-lo, mas ninguém que está por perto percebe isso, e até ele duvida que o que ele vê é real.  
Só que um dia ele quase morre em um ataque desses, quando um minotauro tenta matá-lo. E é assim que Perseu (Percy) descobre que é um meio- sangue, ou seja, meio humano meio deus. E para deixar as coisas ainda mais impressionantes, Percy é filho de Poseidon, um dos deuses mais poderosos do Olimpo.
É assim que começa a saga Percy Jackson, que muitos vão dizer que é uma cópia descarada de Harry Potter, não sem razão. O apelo é o mesmo, mas convenhamos, Harry Potter saiu de moda, então, vamos de Percy.
O que eu, pessoalmente, acho legal na coleção Percy Jackson é que as crianças estão realmente aprendendo algo. Não que não acontecesse isso com HP. O simples fato de as crianças lerem já é um pequeno milagre e isso começou com Harry Potter, sem dúvida. Mas Riordan também insere um pouco de cultura nas nossas vidinhas mortais. E uma vontade louca de saber mais sobre os deuses. Aí vem aquela chamazinha que vive em todos nós de pesquisar, e todos sabem que quando a gente começa uma pesquisa, nunca mais pára.
Pra mim, Percy Jackson é puro entretenimento, já que eu sou uma pessoa meio a toa e não tenho nada melhor pra fazer, mas para uma criança com dez, doze anos, essa coleção é um mundo mágico, de belos portais em colunas e monstros muito simpáticos, como os ciclopes, faunos e centauros e não tão legais, como as parcas e as Fúrias.
Fica a dica, para quem gosta de ler, e ter o gostinho de adivinhar que monstro é aquele, que transforma homens em porquinhos da Índia.E, please, não assistam o filme.