Essas duas últimas semanas foram
um tipo de karma tentando se espreitar e entrar na minha vida. Espero não ter
deixado...
Bom, eu estou em um processo foda
de adaptação. As coisinhas confortáveis e tranqüilas da minha vida foram
caindo, uma a uma e eu tive que reconstruir muitas coisas para poder (sendo
dramática aqui) sobreviver.
Estou me acostumando com uma nova
casa, uma situação financeira menos estável, algumas pessoas que eu não consigo
mais lidar com um sorriso na cara, amigos que reapareceram, outros que se foram,
minha família louca, meu trabalho cheio de pressão, e minha vida amorosa nova e
desafiante. O_o
No meio de tudo isso, eu quase
joguei a toalha!
Essa noite tive pesadelos horríveis
e acordei de madrugada para pensar. Acho que estou começando entender o que está
acontecendo comigo, e é tão simples e idiota...eu só estou com medo dos rumos
que minha vida vai tomar nos próximos meses, anos talvez. Estou com receio das
coisas que eu possa fazer agora que vão interferir lá na frente, no meu futuro
e no do eu filho. Essa semana estava falando com algumas pessoas sobre o desejo
que tenho que o Eduardo tenha oportunidades grandes na vida, e ouvi que cada um
de nós faz seu próprio caminho. Porra, eu falo isso para os meus alunos todas
as semana, e sempre acreditei nisso para mim, mas estagnei.
Me acomodei com uma situação
fácil, sem me preocupar muito com onde estaria em 10 anos. Algumas pessoas
acham que é perda de tempo pensar nisso, já que você não pode controlar as
coisas...mas isso não é verdade. Algumas coisas nós temos que fazer hoje para
colher os frutos amanhã. E é exatamente o que eu queria evitar fazer, colocando
todos os tipos de empecilhos nas decisões que queria tomar.
De uns dias para cá, amadureci
algumas ideias que estavam há anos na minha cabeça. Tomei algumas decisões que não
queria tomar e percebi realmente do que eu gosto e o que quero fazer. Eu finalmente
descobri o que quero, e não acho que nada vai poder me impedir de chegar lá. Além
do mais, resolvi que não posso ficar esquentando a cabeça com as coisas das
quais não tenho controle.
Como diria Joseph Climber, ‘a
vida é uma caixinha de surpresas’!
Então...estou na fase das
adaptações. Aprendendo que eu não posso ter as coisas do meu jeito, nem na hora
que eu quiser. Entendendo que o meu tempo comigo mesma é sagrado e não posso
profanar essas horas. Descobrindo que a pessoa que quero ao meu lado vai ter
que ter uma paciência incrível, por que eu vou um cacto espinhento. E que eu
também vou ter que ter muita paciência, por que até hoje eu não tive.
Estou entendendo que chegou a
hora de falar o que estou pensando, não importa para quem, por que estou de
saco cheio de agradar quem não merece, e que não vale a pena ficar comparando
as pessoas, por que eu sempre vou ter a minha volta pessoas inúteis e sem
vontade, e não adianta lutar contra a correnteza, esse tipo de pessoa tem imã.
Estou me convencendo de que as
coisas vão acontecer do jeito certo e no tempo certo e que não posso abrir mão do
que quero por que é difícil, ou mais cômodo.
Estou percebendo que terei que
abrir algumas concessões sempre, mas não tantas quanto fazia até hoje, e que a
partir de agora, só abrirei concessões para pessoas com quem me importo e que
julgo importantes na minha vida, e não para todos que eu acho que devo me ‘dar
bem’.
Então, chegou a hora de me adaptar
à minha nova vida, fazer planos a longo prazo e deixar as coisas engatilhadas
para que meus sonhos e objetivos se tornem realidade.
Amém.
Mudanças nunca são fáceis, é muito difícil aceitá-las. Contudo o mais difícil é descobrir o que realmente queremos da vida, se você já conseguiu fazer isso, pode ter certeza que tudo ficará mais fácil agora.
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