Vamos falar de coisa boa? Vamos falar
de Stephen King (aqui os críticos podem dar risadinhas e perguntar do que diabo
estou falando em relacionar SK com coisa boa, mas eu gosto, então dá licença
que o blog é meu).
Não é segredo para ninguém que eu
adoro o SK. Além das muitas horas me divertido com as histórias, filmes e entrevistas
do escritor, usei alguns trabalhos dele na minha monografia e fiz muitos amigos
virtuais com o mesmo gosto que eu.
Os críticos metem o pau no homem,
e durante um tempinho também tive um pouco de receio de me declarar fã do
mestre, já que cursei o erudito curso de Letras, mas hoje eu quero que se foda
e declaro: adoro os livros do cara.
Não todos, claro. Quem gosta de
Pet Sematary (não a música do Ramones, gente) pode morrer agora que não será
lamentado.
Falar em Pet Sematery, Cemitério
Maldito, me faz pensar em uma das coisas que não gosto do SK (e que nem é culpa
dele) que são as adaptações televisivas. Tipo, terminaram de estragar Cemitério
Maldito com o filme. E temos outros exemplos, como a primeira versão d’O
Iluminado e O Aprendiz. Por outro lado, temos adaptações mais que excelentes,
como Um sonho de Liberdade, À espera de um Milagre, Carrie e The Mist (essa
última, uma surpresa geral).
Além disso, temos as mini séries
baseadas na obra do mestre, como O Iluminado (que, diferente do filme do
Kubric, foi muito fiel ao livro), Dança da Morte, que ficou ótima e essa nova, Bag
of Bones.
É sobre ela que quero falar.
Quando li Saco de Ossos pela
primeira vez, não gostei muito. Achei o livro um pouco idiota e forçado. Li uma
segunda vez uns dois anos depois e peguei algumas coisinhas que tinha deixado
passar na primeira leitura. Saco de Ossos é um livro sobre uma maldição familiar.
Sobre como algo ruim pode refletir no futuro de outras pessoas. E em como as
pessoas podem ser cruéis. É a história de um grupo que comete um ato de maldade
impensado e tem suas gerações futuras amaldiçoadas. É sobre toda uma cidade que
guarda um segredo terrível. É sobre crianças assassinadas e sendo chamadas de
putinhas.
No fim das contas, o livro me
conquistou. Pude sentir o sofrimento real de um homem que amou uma mulher, mas não
deu a atenção devida a ela enquanto ela estava viva. A dor de um homem que não sabia
se tinha sido traído ou não. A adaptação desse homem a uma vida nova. E conheci,
claro, mais uma casa mal assombrada.
Adoro casas mal assombradas, e
essa, no lago Dark Score é o máximo. Nós temos uma cabeça de alce empalhada,
imãs de geladeira que se mexem e corujas para espantar os maus espíritos.
E ai fizeram uma minissérie em
dois capitulo. E fodeu com tudo.
Primeiramente, sempre pensei no
Noonan (personagem principal) como um Nice Guy. Um cara limpo, bonito, mas
comum. Deram o papel para o Pierce Brosnan que, me desculpem os fãs (se é que
ele os tem) um ator de filme pornô aposentado. O cara não sabe interpretar. Ele
é chato. Envelheceu mal. E não sabe interpretar (falei duas vezes?).
A história ficou confusa. Não deu
medo. Não estava fiel ao livro em pontos que não tinham por que ser mudados. No
livro, o personagem principal era o lago, que quase não aparece na série. As interpretações
dos personagens (cem exceção de Mattie e Jo) foram tão caricatos que deu vontade
de chorar. Grande legado cinematográfico esse!
Realmente, foram as três horas
mais mal gastas do meu ano de 2012 (excetuando Nikita, Chalie’s
Angels...(porra, quanta porcaria é feita hoje em dia!).
Só escrevo para dizer para você, Leitor
Fiel, vá ler o livro!!!
Cher!!!
ResponderExcluirNão canso de elogiar como você escreve bem! A-DO-RO seu jeito de escrever e acho que você deveria escrever um romance e postar capítulo por capítulo aqui!
Bom... você conhece minha total ojeriza por SK. E quanto mais eu leio você falando sobre ele mais eu acabo me convencendo de que ele é ainda pior do que eu imaginava RSRSRSRSRS! Olha o que você diz que sentiu sobre reler Saco de Ossos:
"Pude sentir o sofrimento real de um homem que amou uma mulher, mas não deu a atenção devida a ela enquanto ela estava viva. A dor de um homem que não sabia se tinha sido traído ou não. A adaptação desse homem a uma vida nova. E conheci, claro, mais uma casa mal assombrada."
Juro que quando eu li isso, ou seja, quando eu li essa sua descrição dos efeitos causados em você pelo texto de SK, me veio novela das oito, Danielle Steel e Paulo Coelho na cabeça...
Confesso que esse lado novela mexicana do SK eu não conhecia, e note que o problema não é a sua leitura, mas sim o texto do King que incita essas e outras coisas.
Uma coisa realmente me intriga, no entanto, e aqui eu realmente preciso da sua ajuda (eu não estou ironizando... eu preciso mesmo): a questão do terror.
Apesar de todo esse lado mexicano, é indiscutível que SK sabe como fazer o terror emergir no leitor. Me lembro do medo terrível que senti quando li uma adaptação de Misery quando eu fazia curso de inglês, e da agonia que foi ler boa parte de Insônia (um dos poucos livros que eu não consegui terminar de ler). A questão é: como?
Coloca aquele seu ladinho crítica literária que está meio esquecido dentro de você em ação e explica pra todos nós como ele consegue esse feito: fazer emergir, ao mesmo tempo, o mexicano e o terror no espírito do leitor sem que um lado não exclua e nem esteja em discordância com o outro.
No livro, a passagem da mulher pedindo o apanhador de poeira é o ápice pra mim... Tem ela na série?
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