segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Singela homenagem à esses escritores divinos


Adoro os escritores ingleses.
Não entendo bem o por que deles escreverem tão bem, mas é um fato, pelo menos para mim. Parece que tudo que os ingleses se propõem a escrever, o fazem bem. Talvez tenha relação com eles viverem isolados do continente, ou apenas com o fato de a cultura e história deles ser tão complexa e forte, mas o fato é que tenho uma queda por escritores da nossa amada Inglaterra (e seu quintal).
Posso citar vários, mas quero falar dos mais conhecidos. Sir Arthur Conan Doyle.
Eu cresci com o Sherlock Holmes. E quis ser detetive por muito tempo por causa dele. Sherlock Holmes é um personagem extremante complexo, intrínseco e focado. De tudo isso, eu sou só complexa, mas não de um jeito tão cool quanto é nosso querido detetive-referência–para-todos-os–detetives-do-mundo.
Acho que foi a partir dos textos do Conan Doyle que resolvi escrever. As aventuras de Holmes eram tão legais! A primeira que li foi O Cão de Baskerville. Alguém me disse que era uma historia de terror. Claro que não! Uma historia de detetive, quando eu tinha catorze anos e uma mente super fértil. Foi o máximo. Li todos antes de completar quinze.
Ainda nessa linha, conheci algum tempo depois a rainha do crime, vulgo Agatha Christie. Já falei dela aqui, e adoro tanto a mulher quando sua história. Não foi só a Mary Shelley (outra inglesa fantástica) que escreveu um livro a partir de uma aposta. Olha como os ingleses são fofos, apesar dos dentes horríveis! Estamos entediados, está nevando e o chá acabou! Vamos fazer uma aposta, quem escreve o melhor livro!
Meus olhos brilham de tanto amor por essas pessoas inteligentes.
E engraçadas.
Vai, quem assistiu Monty Python sabe do que estou falando. O lindo, discreto (não tão discreto em Monty Python) e inteligente humor inglês. Vide Douglas Adams e Terry Pratchett. Um dia, em minha imensa sabedoria, escreverei um post completo sobre o Discworld do Pratchett, mas por enquanto, tenho que dizer que esses dois carinhas deveriam ganhar prêmios de melhores comediantes do mundo. Desse mundo, do Disco e de toda a galáxia, com toalha ou não.
Ler um texto do Pratchett (que considero melhor que o Adams) é algo orgástico. Você já riu sozinho lendo alguma coisa, tipo, de cinco em cinco minutos? É por que você não leu Pratchett. Ele conseguiu pegar elementos de todo o mundo e encaixar em um mundo que é, na verdade, um negativo do nosso, onde as falcatruas que nós cometemos à surdina são feitas descaradamente, e ai de quem reclamar. Os personagens do Pratchett são extremamente caricatos e bem construídos, e nós acabamos virando fã deles. Há uma cena em que podemos ver os deuses brincando em um tabuleiro em que as peças são seres humanos. Legendário!
Depois temos os fundadores da fantasia. Tolkien e os Lewis (CS, irlandês) e o pedófilo(?) Caroll. Se alguém me disser que existe um livro mais completo que O Senhor dos Anéis, eu não acreditarei. Comparo O Senhor dos Anéis com as epopéias. É a coisa mais linda. Tolkien construiu um mundo a partir do nada e o povoou, lhes deu línguas, genealogia e história. The Lord of the Rings só perde, ao meu ver, para as bíblias (sim, no plural, de várias religiões). Tolkien é um tipo de deus que montou seu mundo com papel. E depois veio o Peter Jackson e transformou em um filminho pretty cool.
Estou terminando de ler a última crônica de Nárnia e adorei a alegoria cristã misturada com aventura e gostinho de infância. Nárnia é o lugar onde eu gostaria de ir. É a história que contarei para minha filha, se eu a tiver (meu filho foi criado com Cebolinha, o que também é muito bom). Já meus filhos lerão Alice só depois de grandes...
Depois temos o Neil Gaiman, pai do Sandman e de todas as coisas sombrias que podem passar pela sua mente. O Gaiman não pode ser normal. Definitivamente. Mas é um escritor do caralho. Além de escrever bem, tem a mente mais fértil que existe na Inglaterra de atualmente. Ler Gaiman para mim tem um efeito parecido com usar drogas. LSD, maybe (e podemos por o Caroll aqui também). Consigo viajar nas histórias dele como se não houvesse amanhã. Vide Deuses Americanos. **
Também tem um terrorzinho, claro. Peter Straub. Conheci Peter Straub através de Talismã, que ele escreveu com Stephen King, e não parei mais. Li alguns de seus livros, o melhor livro de terror ever é dele (Ghost Story) e tenho que admitir que nenhum de seus livros é fácil. Quer ficar deprimido, decepcionado com sua condição de ser humano e sem esperanças de dias melhores? Leia Peter Straub. Ainda bem que o cara escreve terror, por que se fosse filósofo, muitas pessoas iriam começar meter balas na cabeça. Mais uma coisa legal nos livros do Straub é a superação. Tipo, se você consegue passar da página 30, o livro rende que é uma beleza. Tive que ler um livro dele seis vezes para conseguir criar coragem e terminar. Mas valeu totalmente a pena.
E quando falamos de terror, falamos do Poe! Adro Poe pela sua simplicidade. Pra mim, ele foi um cara muito a frente do seu tempo e revolucionou a maneira como um texto poderia ser escrito. Um conto do Poe equivale a um romance pretensioso qualquer dia da semana. Nem sei se é justo colocar Poe no meio dessa listinha maluca, já que ele está alguns passos acima desses deuses que homenageei ai em cima. Mas ele tem um lugar no meu coração, assim como...Blake! eu só li The Marriage of Heaven and Hell para meu TCC, mas é um dos autores que quero ler muito antes de morrer (O_o)
Além desses temos Bram Stoker ( e a copycat Anne Rice), Emily Brönte, Oscar Wilde, Irving..
H.G Wells que revolucionou o mundo com suas ideias futuristas...
E dois de que nem me atrevo falar: Shakespeare e Dickens.



"Podes dizer-me, por favor, que caminho devo seguir para sair daqui?
Isso depende muito de para onde queres ir - respondeu o gato.
Preocupa-me pouco aonde ir - disse Alice.
Nesse caso, pouco importa o caminho que sigas - replicou o gato."

Retirado de Alice

3 comentários:

  1. Muito bom seu texto,eu não conheço muito, mas só queria fazer uma observação. Quando você menciona que Sherlock Holmes é uma referência para todos os detetives, você não se esqueceu de mencionar o Dupin de Poe, visto que este é uma influência clara de Holmes. Gostei do final também, onde você apenas menciona alguns nomes, afinal Emily Brönte, Oscar Wilde e Bram Stoker dispensam comentários.

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Ops, deletei sem querer o comentario

    Straub é americano

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