sábado, 27 de agosto de 2011

A música e eu


Na descrição do blog falo sobre o universo literário/televisivo e musical pop, mas francamente, nunca escrevi sobre música aqui.
O fato é que não sou uma pessoa auditiva. Músicas, para mim, são como memórias olfativas. Cada uma que eu gosto tem um motivo todo especial de ser.
Posso gostar ou odiar uma música pelo que ela representou na minha vida. E sou eclética.
Como sempre convivi com pessoas musicais, alguns músicos inclusive, aprendi a gostar de várias coisas.
A primeira coisa sobre meu eu musical é que amo jazz. O saxofone produz um som que dói na alma, e eu sou uma pessoa melancólica o suficiente para adorar um bom som de sax. Também amo música clássica. A música clássica tem uma qualidade de mexer com nosso físico...consigo sentir os acordes na corrente sanguínea. Mas mesmo assim não sou muito de ouvir, principalmente porque sou super fã do silêncio.
Mas, já que resolvi falar um pouquinho, devo dizer que minha primeira influência musical veio da minha mãe. Desculpa, gente, mas eu amo ABBA, Village People, Elton John e todas essas coisas old que minha mãe me passou. Também tenho um amor secreto e pouco admitido pela dupla sertaneja Christian e Ralf, me perdoem, mas isso veio praticamente do berço. Sei cantar todas as músicas deles produzidas até o meio de ’90. Sou linda?
Bom, músicas me trazem sensações.
Por que eu amo Bon Jovi? A banda apareceu na minha vida lá pela sétima série, e junto com ela minha primeira amizade adolescente de verdade, com amigas que compartilhavam tudo, que iam na casa uma da outra e podiam falar dos problemas familiares sem se sentir constrangida. Nessas reuniões, ouvíamos Bon Jovi. Sempre tive uma quedinha pelo Sambora, ainda usávamos fita cassete e tudo era lindo e colorido. Sofríamos por amor, mas tínhamos umas as outras. Se amo Bon Jovi hoje dedico isso a duas amigas que não vejo faz anos, mas estão no meu coração FOREVER: Sílvia e Thais. A gente chorava assistindo milhares de vezes seguidas o clipe de Always.
Adoro Guns’n’Roses. Essa paixão veio de um namorado. Foi uma das pessoas musicais que passaram pela minha vida. Welcome to the Jungle também foi o que me despertou o primeiro interesse pelo inglês. Ouvir isso hoje me traz uma pontinha de nostalgia de quem eu era naquela época. Apaixonadinha, bobinha e felizinha. (nota: me sinto muito melhor sem os “inha” na minha vida). Sem esquecer nunca daquela boca gostosa do Slash, pai do céu!
Tenho um amigo querido, maravilhoso, que é baixista (e futuro psicólogo) que trouxe coisas pra dentro da minha vida que eu nem sabia que existiam em mim. O Lucas foi a pessoa que me fez perceber que eu podia fazer o que quisesse sem depender de mais ninguém. E esse é meu sentimento ao ouvir Paralamas do Sucesso. Sempre eram os Paralamas no carro enquanto a gente bebia e eu falava (até hoje ele me diz que eu falo pra caralho).
Raul Seixas. Minha mãe sempre ouviu Raul, eu por tabela. Mas o negócio tem um significado pra mim por que uma vez eu fiquei brincando com o meu melhor amigo – Wagner querido  - sobre que música combinava com cada um de nós. Não lembro qual era a minha, mas a dele era uma do Raul não lembro o nome, mas o trecho era “Não sei onde eu tô indo, mas sei que tô no meu caminho”. Ouvir Raul me faz sentir liberdade. Acho que pela aura do cantor mesmo. (ainda não me perdôo pela participação do Paulo Coelho nisso, masss...).
Amo Keane. Isso veio nos últimos anos, com o último namoro. O namoro acabou e o Keane ficou. Lembro que a primeira vez que ouvi Keane estava indo para outra cidade, aquela estrada aberta, o céu azul, o mundo infinito. Eu me sentia pequena (sentimento oceânico do Freud?) e Keane me passa humildade. Cara, eu não sou nada. Existem quase sete bilhões de pessoas por aí...eu sou especial? Eu sei que sou para algumas pessoas, mas no final das contas, eu não sou nada. Estou ouvindo Keane agora, não esperem muitos surtos de humildade da minha pessoa.
Aí tem Maná. Essa banda eu aprendi amar por mim mesma. Foi uma fase boa da minha vida, em que as coisas começaram acontecer muito rápido, entrando na faculdade, aprendendo outra língua, conhecendo pessoas novas e fofas que agora eu amo! Maná me ajudou com meu espanhol, me interessei pela cultura da América Latina e me distraiu muitas vezes. En El Muelle de San Blás é genial! Eres mi religion perfeita.
Também curto Creed, Nickelback, adoro Cake (beijo aqui para a Lari, que sempre lembra de mim quando ouve Cake e posta recadinhos no Twitter) , Queen (quem não gosta de Queen, senhor?), Red Hot.
E tenho meus pecados, se os acima não são o suficiente. Gosto de Train, Macfly, Back Street Boys...
Como eu disse, música pra mim são memórias. O legal é que sempre existem algumas memórias sendo construídas. Algumas músicas sendo escrita, e outras antigas ganhando significado todo novo. 
Posso falar de uma banda ou outra aqui vez por outra, mas esse post é basicamente o que sei de música. Nem 1% do que sei de livros, séries, a vida, o universo e tudo mais... =]
Escrevi esse post ontem na hora do almoço, e de tarde conversei com um amigo virtual de anos, o Cristian Valverde, que me apresentou outra banda, que estou ouvindo agora. Mt. Desolation. Adorando...e posto um vídeo deles aqui para finalizar

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