quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

12 Macacos

There’s no right, no wrong, just popular opinion. (Jeffrey ??)
Você acredita em germes?
Estava vendo Os 12 Macacos, e tenho que admitir, fiquei com medo de estar vivendo uma alucinação e acordar em um hospital psiquiátrico qualquer, percebendo que sofro de alguma doença maluca...Brad Pitt me deixou tão paranóica quanto ele.  Mas vamos ao filme...
Maybe I’m just in your head é a frase que James Cole ouve quando volta para o seu tempo no futuro.
Resolvi assistir aOs 12 Macacos um tempo atrás e acabei descobrindo que de alguma forma eu tinha esse DVD em casa. Então, se algum de vocês for o dono do filme, reclame-o.
O filme é futurista, passa-se mais ou menos em 2025.
A maioria dos humanos morreu por causa de um vírus e os animais voltaram a dominar a Terra. Menos de um por cento da população sobreviveu e esses vivem no subsolo.
Além do visual steampunk do novo mundo subterrâneo, e das autoridades que aparecem, não temos mais muita informação sobre o que acontece lá. Em nenhum momento temos qualquer vislumbre dessa sociedade. A não ser a cadeia. Bruce Willis é um prisioneiro que, voluntariamente, sobre à superfície terrestre para apanhar espécimes, com o risco de ser contaminado.
É considerado o melhor batedor do lugar, então as autoridades dessa nova realidade o mandam para o passado para ter uma amostra do vírus, para um antídoto. Só que ele é mandado para o ano errado e jogado em hospício. E lá ele conhece Jeffrey e Kateryn. Ele é um maluco ela, sua psiquiatra.
Os 12 Macacos é uma organização misteriosa que, para Cole, espalhou o vírus que dizimou o mundo em 1996. O chefe dessa organização é Brad Pitt.
Mas o filme não é sobre vírus e viagens no tempo. O filme é sobre insanidade. Várias vezes eu me perguntei se Cole estava louco, ou tudo era verdade. Muitas vezes Cole se perguntou o mesmo, e em alguns momentos ele decidiu que estava, na verdade, louco.
A psiquiatra acaba acreditando em Cole, e também coloca em cheque sua própria sanidade. Já no caso de Jeffrey, ele é insano. E representa o papel maravilhosamente. Na primeira vez que ele se encontra com Cole, no hospício, ele está em uma crise de super atividade genial.
Nos faz pensar em que pé estamos com nossa própria sanidade, no que é ser uma pessoa “normal”, como é complicado entender a si mesmo e se adaptar à sociedade. O como é complicado parecer “igual”.
Assistir os 12 Macacos é uma experiência genial quando se atinge uma idade apropriada para se perguntar, exatamente, o que diabos estamos fazendo de nossas vidas. Ou quem somos, perante os outros e nós mesmos.
Dia desses di um quadrinho mostrando como a pessoa podia ser diferente em casa, na com os amigos e sozinho. Somos máscaras. Somos fantoches, produtos da sociedade e das convenções. Se sofremos, é por que achamos que o que fazemos está errado. Se estamos de saco cheio, vestimos um de nossos capuzes com um sorriso nele, e mostramos o nosso “melhor”.
E no final, somos todos insanos, pirados e  falsos, vazios, mentirosos e dependente da opinião dos outros...sim, o filme me deixou deprimida...mas daqui a pouco passa e eu vou sorrir, afinal, não quero que ninguém me considere “a chata” e não quero que ninguém pense mal de mim...

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