Ler Garota
Exemplar é uma experiência.
Li depois
que muita gente elogiou a história. Li depois que muita gente disse que era o
contrario do mau afamado e mau escrito 50 Tons de Cinza. Li depois que as
pessoas começaram dizer que o livro era demais e que a Amy (personagem principal)
era mesmo exemplar.
Por que
gostei do livro?
É muito
bem escrito. Embora eu não ache que a autora inovou no quesito ‘narrativa’ (ei,
ei, vamos enganar o autor com as palavras da própria personagem)Gillian Flynn
consegui construir uma história interessante, convidativa e rápida. É o que
chamamos de thriller.
A história
começa com o desaparecimento de Amy e o esforço (ou não) do marido para
encontrá-la. Entremeado a isso, lemos o diário da moça, desde a época linda e
mágica em que conheceu o marido em NYC até o momento em que eles se mudaram
para o fim do mundo onde o marido nasceu, e voltou para cuidar da mãe com câncer.
Narrativa
excelente pelo ponto de vista do marido. Narrativa muito boa também quando
lemos o diário da pobre Amy.
Achei legal
a forma como a autora conseguiu transmitir a meiguice de Amy, suas maneiras de
agradar o marido e como a vida de casada era especial pra ela.
Com o
desenvolvimento da história vemos o marido, Nick, ficar cada vez mais
encrencado com a polícia, que o culpa de ter assassinado a mulher...mas, cadê o
corpo?
Por que
não curti o livro?
É um
livro fabricado.
Acho que
quando um autor se torna pop, muita gente começa a falar que o cara usa “fórmula”
pra escrever. Não discordo. Mas mesmo assim, alguns Best Sellers tem HISTÓRIAS
PRA CONTAR.
A impressão
que me dá que Flynn fez uma pesquisa populacional para ver o que as mulheres queriam
ler, e montou esse livro.
Ele soou
artificial em alguns pontos. Por exemplo, na parte policial. Não tinha como
Flynn não introduzir a polícia na história, mas a atuação dela foi muito, muito
ruim.
Outra coisa
que detestei foi a maneira como público reagiu ao livro.
SPOILER
Amy é
uma vaca psicopata, muito, muito filha da puta, e as mulheres ficam endeusando
ela!
Odiei o
retrato da mulher perfeita que também é o demônio de mulher. Ninguém é
perfeita, ninguém é exemplar, mas aqui Flynn fala como se fossem as duas únicas
maneiras.
FIM DE
SPOILER
Acho que
teria gostado mais do livro se ele tivesse se concluído com as pessoas merecedoras
estando atrás das grades.
Se 50
Tons de Cinza denigre a imagem da mulher ( e sim, denigre, eu não li mas eu
mesma tenho vontade de dar uns tapas em Anastácia), Garota Exemplar faz muito,
muito pior.
Por fim,
leitura divertida, aos moldes de Sidney Sheldon (garota vingativa) que me
deixou, mulher, emputecida.
Mas recomendo
a leitura (vai me entender)
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