segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Um Tira da Pesada




Nesse final de semana juntamos, uns amigos e eu, para celebrar a beleza cinematográfica dos anos 80 (vide sessão da tarde).
Fiquei lembrando a época perfeita em que eu podia comer o que quisesse sem me preocupar se ia caber na roupa, que eu não sabia o que era ter contas a pagar e que deitar na frente da TV para assistir filmes era um ritual diário.
Eram mais ou menos 40 filmes que se repetiam intermitentemente nas tardes do plim plim. Claro que o mais clássico de todos os clássicos foi A lagoa azul (que eu gostaria de dizer que, como todos os outros seres racionais do mundo, eu odiava) que agora vai, sim, ganhar um remake. Espero então que o filme saia no começo de 2013 e que o mundo acabe em 2012. Só.
Mas alguns filmes dessa época são ouro puro. Vide Goonies e Deu a louca nos monstros. Bom, os dois são sobre crianças vivendo aventuras para lá da imaginação. Para uma mente fértil como a minha, acho que esses filmes foram a porta de entrada para todo o tipo de loucura que absorvi desde então.
Enfim, estávamos decidindo entre muitos filmes legais, entre eles Te pego lá fora que está na minha lista de filmes para ver, e decidimos por Predador, com Arnold Schwarzenegger e Um tira da pesada com Eddie Murphy.
Eu gostava muito dos filmes do Eddie Murphy quando eu era criança. Achava tudo muito engraçado. Lembro de Um príncipe em Nova York e a cena em que ele vai à barbearia cortar o cabelo. E o mingau de aveia com sangue em O Rapto do Menino Dourado.
Infelizmente, em 1994, com O Tira da Pesada 3 Eddie Murphy cai no limbo, pelo menos pra mim.
Bom, mas voltando ao primeiro filme, as cenas são de gargalhar.  A ideia de ver os filmes foi por um post no Facebook com um vídeo de Axel Folley com Serge. Serge é o vendedor de uma galeria de arte, e aparece no primeiro filme só como mais um alivio cômico. Mas a cena é hilária. Serge volta nas sequências, como um vendedor de armas.  
A cena é essa:



O mais legal do filme é a maneira como Folley consegue levar todo mundo na conversa e fazer piadas até quando está com uma arma na cabeça. Uma das melhores cenas é quando ele se passa por um inspetor da alfândega e pergunta para o chefe da segurança como “um criolo como eu, vestido desse jeito, consegue entrar aqui à essa hora da noite” e “ esse posto da alfândega é o mais inseguro que eu já vi no país, exceto por Cleveland (?)”.
Assistam, e dublado, como fizemos.


Em tempo e essa é surpresa pra mim...esse filme concorreu ao Oscar de melhor roteiro original!

Bag of Bones (Minissérie)



Vamos falar de coisa boa? Vamos falar de Stephen King (aqui os críticos podem dar risadinhas e perguntar do que diabo estou falando em relacionar SK com coisa boa, mas eu gosto, então dá licença que o blog é meu).
Não é segredo para ninguém que eu adoro o SK. Além das muitas horas me divertido com as histórias, filmes e entrevistas do escritor, usei alguns trabalhos dele na minha monografia e fiz muitos amigos virtuais com o mesmo gosto que eu.
Os críticos metem o pau no homem, e durante um tempinho também tive um pouco de receio de me declarar fã do mestre, já que cursei o erudito curso de Letras, mas hoje eu quero que se foda e declaro: adoro os livros do cara.
Não todos, claro. Quem gosta de Pet Sematary (não a música do Ramones, gente) pode morrer agora que não será lamentado.
Falar em Pet Sematery, Cemitério Maldito, me faz pensar em uma das coisas que não gosto do SK (e que nem é culpa dele) que são as adaptações televisivas. Tipo, terminaram de estragar Cemitério Maldito com o filme. E temos outros exemplos, como a primeira versão d’O Iluminado e O Aprendiz. Por outro lado, temos adaptações mais que excelentes, como Um sonho de Liberdade, À espera de um Milagre, Carrie e The Mist (essa última, uma surpresa geral).
Além disso, temos as mini séries baseadas na obra do mestre, como O Iluminado (que, diferente do filme do Kubric, foi muito fiel ao livro), Dança da Morte, que ficou ótima e essa nova, Bag of Bones.
É sobre ela que quero falar.
Quando li Saco de Ossos pela primeira vez, não gostei muito. Achei o livro um pouco idiota e forçado. Li uma segunda vez uns dois anos depois e peguei algumas coisinhas que tinha deixado passar na primeira leitura. Saco de Ossos é um livro sobre uma maldição familiar. Sobre como algo ruim pode refletir no futuro de outras pessoas. E em como as pessoas podem ser cruéis. É a história de um grupo que comete um ato de maldade impensado e tem suas gerações futuras amaldiçoadas. É sobre toda uma cidade que guarda um segredo terrível. É sobre crianças assassinadas e sendo chamadas de putinhas.
No fim das contas, o livro me conquistou. Pude sentir o sofrimento real de um homem que amou uma mulher, mas não deu a atenção devida a ela enquanto ela estava viva. A dor de um homem que não sabia se tinha sido traído ou não. A adaptação desse homem a uma vida nova. E conheci, claro, mais uma casa mal assombrada.
Adoro casas mal assombradas, e essa, no lago Dark Score é o máximo. Nós temos uma cabeça de alce empalhada, imãs de geladeira que se mexem e corujas para espantar os maus espíritos.
E ai fizeram uma minissérie em dois capitulo. E fodeu com tudo.
Primeiramente, sempre pensei no Noonan (personagem principal) como um Nice Guy. Um cara limpo, bonito, mas comum. Deram o papel para o Pierce Brosnan que, me desculpem os fãs (se é que ele os tem) um ator de filme pornô aposentado. O cara não sabe interpretar. Ele é chato. Envelheceu mal. E não sabe interpretar (falei duas vezes?).
A história ficou confusa. Não deu medo. Não estava fiel ao livro em pontos que não tinham por que ser mudados. No livro, o personagem principal era o lago, que quase não aparece na série. As interpretações dos personagens (cem exceção de Mattie e Jo) foram tão caricatos que deu vontade de chorar. Grande legado cinematográfico esse!
Realmente, foram as três horas mais mal gastas do meu ano de 2012 (excetuando Nikita, Chalie’s Angels...(porra, quanta porcaria é feita hoje em dia!).
Só escrevo para dizer para você, Leitor Fiel, vá ler o livro!!!

sábado, 17 de dezembro de 2011

Planeta dos Macacos - A Origem


Há muito tempo que eu não ficava impressionada com um filme como fiquei com esse.  Sou do tipo que está sempre brigando com as pessoas pelos significados ocultos que elas acham em qualquer coisa. Tipo “os zumbis são a representação do socialismo” ou “a vertente desse quadrinho é claramente marxista”. Fuck all of you.
Mas claro que existe o outro lado disso, as ficções que são feitas para representar a realidade, e por que não fazer isso com macacos falantes?
Assisti o primeiro remake de Planeta dos Macacos uns anos atrás e gostei, era uma historia interessante, com os papeis invertidos. Os humanos eram os alienígenas em um planeta, e os macacos a representação do que os humanos são.
Nesse novo filme, as coisas são bem mais interessantes. A história se passa na Terra, nos nossos dias atuais. Vemos como uma grande corporação só visa os lucros. A primeira cena é uma caçada na África. Os macacos são capturados para serem usados em um laboratório de experimentos.
Planeta dos macacos é um filme sobre revolução, que vem a calhar no momento histórico que estamos vivendo, vide Europa, Egito...
Fiquei muito impressionada com tudo que o filme faz com nossa cabeça, e mexe com nossos sentimentos. Nos identificamos com o macaco (Ceasar) desde a primeira cena. A mãe dele foi morta pelos humanos, ele está condenado a morte mais é salvo por um cientista de bom coração. Mas Ceasar não é mais um símio comum, ele herdou da mãe, geneticamente, a inteligência à que ela foi induzida durante os experimentos no laboratório. Ceasar é a representação de como nós devemos seguir as normas impostas por outros. Ele usa o banheiro, como um humano, e tem permissão de andar pela casa, mas não de sair nas ruas. Ele tem seu quarto em um sótão, em que pode ver pela janela as crianças brincando. E ele se pergunta por que não pode estar lá com elas.
Enquanto Ceasar está obedecendo as ordens, ele tem uma vida tranqüila, mas quando resolve sair de casa, é espancado por um vizinho. Ele só queria brincar!!
No fim das contas Ceasar extrapola regras sociais e vai para um abrigo de macacos. Ele é tratado como lixo (pelo Draco Malfoy – weird) e humilhado por humanos e outros macacos.
Então ele se rebela.
As cenas do filme são incríveis. Alguns panoramas de São Francisco, com os macacos invadindo a Golden Gate...totally worth.
Esse é um filme que ultrapassa a diversão. Poderia falar dele em um post imenso, mas não é um filme para ser descrito, e sim para ser visto.


quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Please, don't kill the dog (Cowboys & Aliens)


Se eu fosse ganhar uma moeda cada vez que alguém me disse que eu não sou normal, eu tinha conseguido comprar o Box original com extras do The Lord of the Rings com o dinheiro do porquinho.  Meu namorado é mais doce e diz que eu tenho a mente perturbada. Alguns dizem que sou louca...e talvez eu seja. Mas eu fiquei um pouco pensativa esse final de semana com os filmes que eu vi. 
O que você acha de um filme com o 007, o Indiana Jones e alguns Et’s?
Assistiu Cowboys & Aliens? Assista.
O filme é basicamente sobre...bem, sobre Cowboys versus Aliens. E é uma coleção de clichês. Tem TODOS que possam existir (talvez eu esteja exagerando, mas...).
É a história de um pequeno vilarejo do velho oeste que é atacado por máquinas voadoras vindas do espaço. Temos o sallon, o fazendeiro que manda na cidade, o cara procurado (que não lembra quem é e carrega um bracelete alienígena à lá Ben 10), uma mulher lutadora, um menino, um cachorro, um cara que não sabe atirar, e índios.
No final, o cara que não sabe atirar atira. Clichê número 1, check.
Todo lugar tem isso, né?
Nunca vi um filme ou seriado em que o cara que não sabe atirar morre por causa disso. No final, ele, miraculosamente, acerta a cabeça de alguma coisa. Um alvo bem pequenininho, e de preferência, de bem longe. Pelo menos, nesse caso, o cara usa uma espingarda...(amo espingardas) (sim, pode ter alguma coisa com minha condição feminina, inveja do pênis e tal)(sim, tenho inveja do pênis, queria fazer xixi em pé)
O cara mal se torna bonzinho em prol de um bem maior (matar Et’s). Esse é o Harrison Ford, um homem para quem eu vou pagar pau, ever. Ele está velho, faz um personagem ranzinza e eu ainda olho para ele e vejo o Indi. No filme, Ford começa um tanto quanto mal, e temos a clássica cena de um homem sendo castigado amarrado entre dois cavalos. Cortar homens no meio assim é uma das coisas mais bizarras e criativas que eu já vi  =]

Daniel Craig faz o mocinho. Primeira coisa sobre ele nesse filme: a calça que ele usa, realça muito a bunda...sério. Qualquer um nota. Depois temos o peitoral...(abana), e ele tem o bracelete do Ben 10. A história ele é um bandido procurado que perde a memória após ser raptado pelos Et’s e volta com esse bracelete, que é uma arma alienígena que ele pode usar para ataca. Ele também atira bem, é corajoso e em uma das últimas cenas descobrimos que a arma dele tem, aparentemente, um estoque inesgotável de balas. Clichê, clichê, clichê. 
Nice Ass, Mister



Temos também dois clichês de morte. Uma com discurso, quando o “filho adotivo índio” de Ford (no me lembro do nome dos personagens) diz que ele é o pai que ele queria ter tido, e blah blah, blah. E quando um dos alienígenas morre, bem no finalzinho, e dá aquele susto final antes de ir para o limbo ou seja lá para onde eles vão quando morrem...
Temos o garoto, que está a procura do avô que foi raptado, e recebe uma faca para “proteger-se” e acaba matando um dos aliens com ela, e temos um cachorro, e minha preocupação maior, durante todo o filme, foi que o Border Collie não morresse. O nome do cão é cão.
Sacanagem quando os animais morrem nos filmes, e nesse temos uma cota de cavalos assassinados.  Não acho isso legal. Matem as crianças, as mulheres, matem as formiguinhas, mas por favor, não os animais. Se for matar animais, que sejam os gatos.
Ah, ia esquecendo da gostosa. Nesse caso, não apareceu nem um pedacinho de pele dela. É a Thirteen do Dr. House, e SPOILER, ela é um ET de uma raça dizimada. Bom, não entendi bem o papel dela ali, mas tínhamos que ter uma moça bonita para justificar Hollywood.
E temos os ET’s, claro. Muito bem feitos, muito interessantes...mas não se faz mais ET’s como antigamente.  Preferi os de Sinais. (claro, ISSO foi uma piada).
Li um blogueiro americano falando que a continuação vai se chamar Things & Stuff...(AHHUAHHUAHUA)
Bom, no final, o filme é bem divertidinho, e vale a hora e meia que perdemos nele...
É isso.