segunda-feira, 19 de abril de 2010

Só há um rei, o Rei do Sorvete

Eu não posso deixar de falar do meu autor preferido, entre todos do mundo, que eu amo de coração, e quero que viva e escreva pra sempre...o Stevie, conhecido internacionalmente como Stephen King.

Acho que o que eu mais gosto no SK é o fingimento dele. SK é um cara cínico, que atua uma humildade que não tem. E nem precisa, já que ele é foda.

Não que todos os livros do cara sejam bons. Que dizer, a maioria não é, mas são todos DIVERTIDOS. Ele escreve sobre coisas extraordinárias feitas por pessoas normais, como ele mesmo diz. Um amigo fala que o melhor/pior do King é que ele joga as personagens no texto, nos faz amá-la e depois as mata...:)

É bem por aí.

Acho que dos livros traduzidos para o português foram poucos os que não li. Também creio que vou treinar minha leitura em inglês com o King.

Há alguns livros bons e outros nem tanto, por isso peguei a listinha na Wiki, e vou classificá-los em poucas palavras...vamos ver no que dá.

• 1974 - Carrie, a Estranha (Carrie) - CHATO
• 1975 - A Hora do Vampiro (Salem's Lot) - PERFEITO
• 1977 - O Iluminado (The Shining) - ARREPIANTE
• 1978 - A Dança da Morte (The Stand) - ÉPICO
• 1979 - A Zona Morta (The Dead Zone) - ANGUSTIANTE
• 1980 - A Incendiária (Firestarter) - MORNO
• 1981 - Cão Raivoso (Cujo) – NÃO LI
• 1983 - Christine (Christine) - ÓTIMO
• 1983 - O Cemitério Maldito (Pet Sematary) - PÉSSIMO
• 1983 - A Hora do Lobisomem (Cycle of the Werewolf) – TERMINOU?
• 1984 - O Talismã (The Talisman, escrito com Peter Straub) - DEMAIS
• 1986 - A Coisa (It) – O MELHOR
• 1987 - Os Olhos do Dragão (The Eyes of the Dragon) - MÁGICO
• 1987 - Angústia (Misery) – SUFOCANTE
• 1987 - Os Estranhos (The Tommyknockers) - RUIM
• 1989 - A Metade Negra (The Dark Half) – FRACO
• 1991 - Trocas Macabras (Needful Things) – INCRÍVEL
• 1992 - Jogo Perigoso (Gerald's Game) - ROMANCE
• 1992 - Eclipse Total (Dolores Claiborne) – NARRATIVA INCRÍVEL
• 1994 - Insônia (Insomnia) - EXCELENTE
• 1995 - Rose Madder (Rose Madder) – FICURA FEMININA FORTE
• 1996 - À Espera de Um Milagre (The Green Mile) - TRISTE
• 1996 - Desespero (Desperation) – BEM AMARRADO
• 1998 - Saco de Ossos (Bag of bones) - LEGALZINHO
• 1999 - Storm of the Century – VI O FILME 
• 1999 - The Girl Who Loved Tom Gordon - PASSÁVEL
• 2000 - Riding the Bullet (não publicado no Brasil) – BOM DEMAIS
• 2001 - O Apanhador de Sonhos (Dreamcatcher) - FRACO
• 2001 - A Casa Negra (Black House, escrito com Peter Straub) – UM DOS MELHORES
• 2002 - Buick 8 (From a Buick 8) - SUPER
• 2005 - The Colorado Kid – DÁ SONO
• 2006 - Celular (Cell) - FRAQUISSIMO
• 2006 - Love – A História de Lisey (Lisey’s Story) – VIAJADO
• 2008 - Duma Key – BOM, SÓ
• 2009 - Under the Dome – FODELESCO
• 2010 - Blockade Billie – NÃO LI
O que se pode dizer de um cara que produz assim? A maioria vai dizer que não vale a pena, mas há algumas coisas do King que são obras primas, como Eclipse Total, que tem a narrativa mais perfeita que já li, ou O Iluminado, que dá arrepios de verdade. Li A coisa umas três ou quatro vezes, e a representação de amizade naquela história é linda, como o é a representação da infância.

Olhos de Dragão é um conto de fadas, narrado como conto de fadas e que leva de volta a infância. A Casa Negra e Talismã são incríveis, bem estruturados e nostálgicos. Há outros textos do King, escritos sobre pseudônimo:

• 1977 – Fúria/Raiva (Rage)
• 1979 - A Longa Marcha/Caminhada da Morte (The Long Walk)
• 1981 - A Auto-Estrada (Roadwork)
• 1982 - O Concorrente (The Running Man)
• 1984 - A Maldição do Cigano (Thinner)
• 1985 - Os Livros de Bachman (The Bachman Books)
• 1996 - Justiceiros (The Regulators)
• 2007 - Blaze
Li todos. Longa Marcha é a história de pessoas caminhando...dá pra acreditar que alguém conseguiu escrever um livro partindo disso? Gosto muito de O Concorrente e Fúria. O Concorrente, e Longa Marcha são o que Battle Royale e Hunger Games seria um dia. A Maldição e Justiceiros são ótimos. Não curti A Auto Estrada e não terminei Blaze. Além disso há nos de não ficção, como Dissecando e a coleção Torre Negra, que é o “épico do King”.

Bom, a partir dos 35 ou 40 livros que já li do King, posso ter uma opinião formada. All right?

E minha opinião é a seguinte: fodam-se os críticos. O cara é pop, mas é do pop que o povo gosta.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Criminal Minds




Quem aí já assistiu Criminal Minds?

Resumão: um grupo do FBI treinado para traçar perfis de assassinos em série.

Em minha opinião CM é um dos melhores seriados atuais. Os produtores sabem criar um grande clima como ninguém, principalmente levando-se em conta que cada episódio é independente, quando em outras séries que eu assisto, como Dexter e Supernatural, as historias são continuas.

Já me preocupei algumas vezes com a minha dedicação à essa série, já que com esse interesse não muito saudável vieram outros, como as pesquisas sobre serial killers e outras coisas bizarras.

Ai eu comecei me perguntar o que, diabos, me atraia em uma serie que mostra assassinatos crueias e a pior face do ser humano. Talvez seja algo mórbido que cada um de nós carrega para nos acharmos mais “normais”, afinal EU NÃO FARIA o que eu vejo os criminosos do seriado fazerem, por que eu SOU NORMAL!

Será?

Enfim, aprendi algumas coisas interessantes assistindo CM e embora eu não deva ficar falando por aí sobre os crimes que eu a-d-o-r-o ver em cada episodio, posso falar que:

- Serial Killer geralmente sofreram abusos na infância que agravaram algum problema mental.
- estupradores preferem mulheres de sua própria raça.
- Geralmente a aparência da vítima é escolhida de acordo com a descrição de alguma pessoa que causou trauma no assassino.
- Assassinatos em série NUNCA são aleatórios.
- Mulheres raramente são assassinas seriais e quando são, não tem filhos (a maternidade acalma??)

Bom, é isso. Coisas que vou poder usar no meu dia a dia.

Agora vão lançar um spin-off da série, com o Forest Whitaker, ainda caolho, mas um caolho magro. Quero ver até onde a imaginação dos produtores e roteiristas vai, para manter duas séries paralelas falando exatamente do mesmo assunto. E vamos esperar que essa nova equipe do BAU tenha membros tão incrivelmente fantásticos quanto Reid e Garcia.

Só.

terça-feira, 13 de abril de 2010

A puta e o Joyce

Não podia deixar de falar sobre o tema da minha pesquisa de conclusão de curso, claro.

Creio que as criticas e análises literárias devem ser lidas e estudadas apenas no meio acadêmico. Como essas pesquisas são chatas por natureza, acredito que poucas pessoas fora dos meios acadêmicos realmente leiam (às vezes nem os próprios pesquisadores lêem o que os colegas escrevem).

Afirmo isso por que a análise literária tem um efeito brochante.

Imagine que você é um homem que vê uma mulher na rua e a acha linda. Tão linda que a segue até em casa e a espia pela janela. Quando ela vai para o banho, e tira a roupa, você descobre que ela tem celulite, os seios são de enchimento e a maquiagem é realmente muito boa.

Ler análises literárias é espiar pela janela. Você vai encher sua cabeça com informações que não são relevantes na obra.

Sempre discutimos (colegas, amigos, professores) sobre o porquê dos livros. O motivo de alguns serem considerados clássicos e recomendados e outros serem considerados lixo que não deveria ser dignos das prateleiras.

Porra, os livros foram feitos para serem lidos! As análises e as criticas são a filosofia por trás da arte, e como toda boa filosofia, obscurece o óbvio.

Bom, minha pesquisa.

Trabalhei com um livro brasileiro, do autor Nelson Magrini. O livro, Anjo: a face do mal. A perspectiva da pesquisa, psicanalítica.

Foi interessante trabalhar com o tema, o texto e tudo o que pude concluir daí. Os horizontes de uma pessoa podem ser muito expandidos quando ela faz uma pesquisa desse gênero. Eu aprendi sobre teorias psicanalíticas, muito sobre histórias da literatura inglesa, alguma coisa sobre religião...e o livro?

O livro é bom, com algumas coisas bobas, mas realmente bom, um livro que recomendo e que até dei de presente.

É divertido.

Nele o grande e satânico Lúcifer é um cara bonitão e com poderes inesgotáveis, desde que tenha por perto o humano Lucas, que potencializa seus poderes neste plano físico. Lúcifer está na Terra com a missão de parar um novo ser desconhecido que passa para as pessoas a sensação de paz angelical antes de afogá-las em um mar de sangue. A sacada do livro é manter uma história como essa entremeada com o dia a dia da cidade de São Paulo. Misturar anjos com demônios e orixás. Jogar uns policiais e traficantes no meio e, por fim, juntar naves espaciais em uma jiha.

E então eu pergunto de novo...dá pra se divertir tanto lendo Ulisses quanto lendo um livro com esses elementos?

Claro que sim! Os acadêmicos ficam com o Joyce e se divertem com eles. Tiram a roupa dele, contam sua celulite e decidem que, mesmo com celulite e mau humor, aquela mulher é amor de sua vida.

Os leitores que lêem por prazer correm atrás das putas.

Gostosas, mas que não valem nada...(como os acadêmicos querem que pensemos).

segunda-feira, 12 de abril de 2010

O Disco do Pratchett

Pensei em VÁRIAS opções para iniciar o que realmente interessa, escolhi o Pratchett por ser pouco conhecido no Brasil, embora com vários livros publicados, inclusive com o supermega fodônico Neil Gaiman. Mas vamos deixar o Neil Gaiman de lado e partir para o Disco.
Discworld é uma série de livros de humor escrita pelo inglês Terry Pratchett (não há nada melhor que o humor inglês) que é...mágica. Tudo se passa no Disco, que é (creio) um planeta. A realidade é que o disco é ...um disco, carregado por quatro elefantes que, por sua vez, são carregados por uma tartaruga gigante, a Grande Atuim.
O disco é fantástico, com sua universidade invisível (que forma magos), ladrões, mendigos e um governo extremamente corrupto, mas que funciona. A cidade em que se passam a maioria das histórias é Ankh Morpork, um lugar em que “se caísse um meteoro, o terreno seria valorizado”.
As descrições da cidade de Ankh Morpork são hilárias, assim como de seus habitantes.
São cerca de 36 livros, 12 deles traduzidos para o português, e um livro fora da série, mas que também se passa no disco, O Fabuloso Maurício e seus roedores Letrados (Mauricio é um gato que comeu o lixo da Universidade Invisível e começou falar, e se junta a ratos que também jantaram por lá para dar golpes à La flautista de Hamlin).
O primeiro livro da série Discworld, A cor da Magia, mostra como um turista ingênuo pode ser sortudo, um mago realmente ruim pode chamar a atençao dos deuses e um mundo achatado pode ter uma queda d’agua na sua borda.
Vale a pena ler Discworld? Cara, como vale....é uma leitura que te faz rir sozinho, no meio da noite até seus olhos lacrimejarem. E no final, você vai ficar se perguntando, “como esse cara pode ter essas sacadas??”.
Só umas frasezinhas para dar o gostinho para os leitores neófitos:
"Alguns humanos fariam qualquer coisa pra ver se era possível... Se você colocasse um grande botão em algum caverna perdida, com uma placa dizendo "Botão do Fim-do-Mundo. POR FAVOR NÃO TOQUE", a tinta não teria nem tempo de secar."

"Só o fato de que o destino os tenha unido, não quer dizer que o destino tenha acertado!"

"Existia um conceito errado em Ankh-Morpork, se dizia q a vida por ali não valia nada... Pelo contrário, a vida valia muito, a morte é que era quase de graça"

"A luz acha que viaja mais rápido do que qualquer outra coisa, mas está errada. Não importa a velocidade em que ela viaja, a escuridão sempre chega lá primeiro e espera por ela." (MINHA FAVORITA)

Por fim, ao posso deixar de falar do MORTE. O melhor personagem, o MORTE é uma caveira com capuz, igualzinho ao de todas as histórias, mas ele tem um senso de humor ótimo, e adora gatos...e também tem sua frase celebre:

“NÃO EXISTE JUSTIÇA, SÓ EXISTE EU”.

Primeira Postagem


Eu, que amo os livros, os seriados e algumas musiquinhas resolvi fazer um blog para expressar o que ninguém quer saber. Quem gosta de ler e escrever, de filmes que não estão na boca do povo, de seriados que não estão na TV aberta tem um sério problema: não conseguir compartilhar com as pessoas ao redor.
Eu já tentei fazer isso online, através de comunidades em sites de relacionamento, mas essas relações sempre se tornam pessoais e os assuntos passam para outro patamar.
Uma coisa legal de um blog é poder ajudar alguém a achar uma coisa que pode não existir em outro site.  Uma opinião pessoal sobre um livro, ou um filme muitas vezes ajuda um leitor indeciso a ir em frente. Aconteceu comigo.
Claro que eu não sei nada sobre blogs, então vou começar agora e que eu tenha uma ajudinha do grande deus da rede para que tudo dê certo e eu não largue isso pela metade, como faço com tudo.