Terminei de ler um dos
mais recentes livros do Mestre.
Trata-se de Joyland, (e
viva a terra da diversão).
É uma história enxuta,
bonita e inteligente. Nada de carta ao leitor, então não dá pra saber se é uma
história escrita agora, ou se é algum que o king tirou do fundo do baú (se
passa no final dos anos 70), mas é uma história “boa pra dedéu”. King diz que
teve a ideia da história depois de ver um menino numa cadeira de rodas
empinando uma pipa com o rosto de Jesus.
Consegui passar pelo
último ano sem receber spoilers dessa história – a não ser pela capa – então eu
não sabia nada do que leria, só que estaríamos em um parque de diversões.
A primeira coisa que
gostei, foi do personagem principal. Dev é só um garoto, precisando de uma
grana, com o coração partido e sem nenhum objetivo concreto da vida para as
férias dop semestre. Ele, com mais cerca de 200 pessoas, vai trabalhar em um
parque de diversões – Joyland – que funciona somente durante o verão.
Devin não é um
personagem completo. Isso se dá, principalmente, por ele ser muito jovem. Ele não
teve um passado ruim, apesar de ter visto sua mãe morrer de câncer (como a mãe
de King).
O livro é narrado em
primeira pessoa, e é levinho e interessante. O ritmo da narrativa não permite que
o leitor se desligue da história. Você lê um pouco e não quer mais parar.
Então, o garoto vai
trabalhar nesse parque e descobre que alguns funcionários de lá relatam ver o
fantasma de uma mulher que foi assassinada no trem fantasma alguns anos atrás.
Quer saber o melhor:
essa história não é sobre a mulher. Não é sobre nada aterrorizante, na verdade.
Pelo menos não no quesito sobrenatural. Há alguns monstros, mas eles são bem
reais. A doença, a crueldade e a decepção são os monstros dessa história que
não deixa o leitor com medo, ou revoltado, ou angustiado.
É uma história que
deixa o leitor nostálgico, como se ele tivesse perdido algo em sua juventude. No
final, é uma história bonita e triste. Mas com picos de alegria gostosos.
Joyland não se parece
muito com os livros que nós, leitores fiéis, estamos acostumados. O que mais
lembra, talvez, pelo ritmo narrativo, é Eclipse Total...mas ainda não é bem
isso.
Que seja, não estou
indecisa quanto a uma coisa: adorei pegar essa obra nova e original e vi que
tempos de Love e Celular ficaram pra traz. A história é muito boa e eu
recomendo que vocês deem uma passada na Carolina do Norte, no verão, e visitem
Joyland. Você vai ter diversão, conhecer o cão Howie, e, quem sabe, ver um
fantasma de verdadinha no túnel do terror!
Ah! Ainda não saiu no
Brasil!
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