sexta-feira, 25 de novembro de 2011

A louca dos gatos, tiros e casamento.



Sim, não é fácil colocar as três coisas no mesmo post, mas eu sou foda, né?
Primeiro, quem não conhece a louca dos gatos, ela faz parte do seriado Simpsons e é essa aqui, ó:

Ela é uma velha que vive com milhões de gatos, e fala sozinha e pragueja quando sai na rua.
Bem, ontem postei essa mesma imagem no FB dizendo que eu tinha medo de ficar assim. As mulheres concordaram e os homens não entenderam (claro). A louca dos gatos é a representação máster dos medos femininos...ficar sozinha.  Um parênteses aqui para dizer que não temos medo só de ficar sem um homem, mas sozinhas, de verdade. O medo de ficar sem um homem é mais social do que qualquer coisa.
Bem, quando ao casamento, ontem uma amiga veio reclamar que todas as amigas estão se casando e ela sozinha. Ela é muito bonita, inteligente e bacana, mas está um pouco desesperada por que está chegando aos trinta...eu estou chegando aos trinta também...
O negócio com o casamento, pelo menos na minha visão, é a coisa do vestido, da igreja, fotos e depois fazer o que as amigas da minha amiga fazem...imitar o KIKO do Chaves. (eu tenho e não te dou).
Exibir um marido é um saco. Eu fiz isso por muito tempo, com um noivo que eu tive e que acabou não dando em nada (graças a Deus). Tipo, a mulher se sente, sim, vitoriosa, em conquistar um status que as amigas não têm. And it sucks. Por essas e outras percebo como fui filha da puta por um tempo (bem curto, by the way). Meu relacionamento era uma droga, mas minha super grossa aliança de ouro causava inveja. Então te, né?
Hoje, quando eu arrumar um louco que queira casar comigo, vou fazer tudo direitinho e escondidinho. Priorizo a relação, o que temos de bom, o que temos que consertar, e não a aprovação/inveja/opinião da sociedade. Estou mais feliz assim, com minha felicidade real e menos compartilhada.
No fim, temos os tiros. Voltemos então para o Como não ser a louca dos gatos.
First thing: faça o bem. Se você quer que as pessoas te amem, não as use e descarte. Não ache que os outros têm a mesma obrigação de gostar de você, da maneira como você gosta deles, ou mais. Cada um te dá o valor que acha que você merece, então se você se preocupa só com você mesmo, vai se foder...a vida se encarrega.
A regra dos tiros (desenvolvida por mim ontem à noite) é a seguinte:
Você tem três pessoas por quem levaria um tiro? Três pessoas por quem daria um tiro em outro? Três pessoas que levariam um tiro por você?
Dramática? Bom, pode ser...
Mas isso também se chama amor. Eu amo muitas pessoas, de muitas maneiras diferentes. E levaria um tiro por algumas delas, sim. Como sou mãe, acho que nunca ficarei sozinha, de fato, mas as pessoas não sanguíneas da minha vida também são muito importantes.
Eu sei que às vezes sou ruim, faço coisas estúpidas, como as descritas ai acima, mas eu tenho uma coisa comigo que é muito forte...eu sempre tento fazer para todos(que merecem) o que eu gostaria que fizessem por mim. E acho que sou uma boa julgadora de caráter também, só me aproximando de pessoas que realmente me amam.
Sabe por que eu tenho medo de ser a Louca dos gatos?
A gente não conhece ninguém, e não conhecemos a nós mesmos. Eu não sei como vou estar, ou com quem, quando estiver velha. Hoje é nisso que penso quando penso em casamento. Não no vestido, na festa, nas minhas amigas solteiras. Penso no homem com quem vou dividir a vida, construir as coisas, ter um filho, uns dois netos, viajar, envelhecer. É a parte que desejo.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Save Ferris Bueller


Se você viveu nos anos 80, com certeza sabe quem é Ferris Bueller. Se você não sabe, pode morrer agora e o resto de nós não sentirá sua falta.
Já assistiu “curtindo a vida adoidado”?? sinceramente eu gosto muito do nome desse filme em português, acho que foi um dos raros acertos, que eram mais comuns 20 anos trás.
Ferris Bueller’s Day off é um filme de 1986 que trás Mathew Broderick no papel principal e de maneira totalmente genial. O filme conta um dia na vida de Ferris, sua namorada Sloane e o melhor amigo, Cameron. Ferris decide matar aula e consegue convencer Cameron, que está doente em casa, de participar com ele de um dia em Chicago. Para chegar à cidade eles tiram Sloane da escola e roubam a Ferrari do pai de Cameron.
A história gira em torno do diretor da escola, Ed Rooney,tentando provar que Ferris está matando aula.
Enquanto Rooney procura por Ferris, sua irmã Jeanne (Jennifer Gray – que só fez dois filmes de destaque na vida (esse e Dirty Dancing)) tenta provar para seus pais que o irmão os está enganando. Para melhorar a história, o próprio Ferris espalha a história de que está morrendo por falta de um rim, e diversas vezes durante o filme vemos referencias à Ferris em placas, com os dizeres “Save Ferris”.
Algumas coisas no filme são muito interessantes, como a quebra da quarta parede. Ferris fala diretamente com o telespectador durante todo o filme. E também tem frases geniais.
Existe uma lenda que há alguns anos está rodando por Hollywood um roteiro sobre Ferris adulto, mas não sei até onde isso é verdade e nem o quão arriscado pode ser produzia a sequência de um Cult.
Outra coisa que gosto bastante é quando Ferris canta Twist and Shoult em uma parada.

Além disso temos uma participação  muito interessante no final do filme. Charlie Sheen faz uma ponta! Nos créditos ele é “the boy in the police station” e exatamente quem ele é. Jeanne está na delegacia e ele pergunta se é por causa de drogas. Ela diz que não, e pergunta por que ele está lá. Ele diz que é por causa de drogas. Premonição ou o que?
Por fim, a música, clássica, de Curtindo a vida Adoidado...

Acho que pelo menos uma vez por mês foi postar sobre uma dessas pérolas dos anos 80 aqui. Qual será o próximo?


Em tempo, em Portugal o filme se chama O Rei dos Gazeteiros...chupa.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Great Scott and Holy Shit!


Poucas coisas me confundem tanto na ficção como a Viagem no Tempo.
Tipo, não consigo entender uma pessoa viajar no tempo, voltar pra um futuro alterado e não lembrar do que aconteceu no seu passado mesmo que, supostamente, tenha vivido aquelas coisas. Mas não vou ficar batendo nessa tecla por muito tempo porque, hoje, quero falar do filmes mais legal que já vi na vida, que sempre adorei e que, sim, me deixa perplexa muitas vezes. Back to the Future.
Vou falar da trilogia como se fosse apenas uma longa história contada em três partes, pois não consigo considerá-la de outra forma.
Os personagens: Acho muito legal como se dá a relação dos personagens no filmes. Primeiramente, não creio que Marty tivesse conhecido o Dr. Brown se Marty não tivesse viajado para 1955 quando estava em 1985 e tenha conhecido o Dr. Do passado. Oo.
Aí eu me confundo. Afinal, se Marty não tivesse voltado ao passado, o Dr. Brown provavelmnete não teria contruído a máquina do tempo no Delorian. (aqui a primeira curiosidade – originalmente o Delorian deveria ser uma geladeira. Os produtores mudaram de ideia pois pensaram que as crianças poderiam querer entrar nas geladeiras de casa depois de ver o filme).
Enfim, o primeiro contato do Dr. Emmet Brown com Marty de dá em 1955, quando os pais de Marty nem se conheciam. Quando Marty viaja no tempo pela primeira vez, ele sai do estacionamento de uma loja chamada Twin Pines (Pinheiros gêmeos) e quando passa para o ano de 1955 é lavado à uma fazenda, onde o estacionamento seria construído no futuro. Mas nosso Marty derruba um dos pinheiros com o Delorian, e quando ele volta para o futuro, a placa do estacionamento é One Pine. Esse é um dos detalhes que mostra que Marty voltou para uma realidade diferente da que saiu, tipo, um futuro alternativo, em que ele não se lembra exatamente de sua infância, por que algumas atitudes que ele incentivou seu pai a tomar no passado fez com que o futuro de sua família fosse alterado. Ele não sabia, por exemplo, que tinha um carro (que era o desejo de consumo antes da viagem). Estou sendo confusa?
Bom, o que eu gosto no filme é como todas as explicações ficam amarradas uma à outra, de modo que quando assistimos com atenção, podemos pescar certos detalhes muito legais, como o lance dos pinheiros, ou quando Marty joga um jogo de tiro no fliperama no futuro (com o lindo Elijah Wood) e depois joga tiro ao alvo do mesmo jeito no velho oeste, ou como o relógio da torre faz parte da história de Hill Valley. Além disso temos as homenagens. Marty é Calvin Klein em 1955 e Clint Eastwood em 1885. Podemos ver referencias frequentes a Pepsi e a Nike, em todas as realidades Hill Valey tinha um posto Texaco. Além disso, há brincadeiras não tão sutis, como a propaganda sobre o filme Tubarão 19, do próprio Spielberg que, segundo Marty, continua não parecendo de verdade.
Gostar de Back to the Future é fazer uma homenagem aos lindos anos 80. E o mais incrível é que assistir a versão remasterizada do filme dá a impressão de que a película é muito mais recente.
Agora, vamos falar das coisas épicas.

A primeira é Marty tocando na festa de formatura de seus pais. Melhor cena do filme, Johnny B. Goode! (sem falar que ali podemos saber como o Chuck Berry teve a “ideia” para a música). Nota: podemos até dizer que Johnny B. Goode não tem autor, já que Marty aprende com Chuck, e Chuck aprendeu com Marty. Se Marty não tivesse viajado no tempo, Johnny B. Goode não existiria. (weird).
Outra cena que gosto bastante é a perseguição, no futuro, com os super-skates-voadores. Aquilo é o máximo, assim como os tênis e a jaqueta (que seca sozinha) ajustáveis. A cena da perseguição em 1955, quando Marty quebra o carrinho do menino para fazer um skate de madeira também é demais, e com um extra: Biff e o esterco. Cena que se repete nas duas partes seguintes do filme. (uma curiosidade – todos os membros, em todas as épocas, da família Tenen foram representados pelo mesmo ator) e toda vez que vejo esse ator em qualquer filme com o Thomas F. Wilson eu morro de raiva dele. =]
Quando Marty representa Darth Vader, com ajuda do Van Halen para convencer George Mcfly à convidar Lorene para o baile, orgástico. A cena é muito mais comprida e pode ser vista em extras e na internet da vida.
No fim das contas podemos dizer que Back to The Future é uma coleção de referencias Pop muito bem montadas e dispostas de forma inteligente. Provavelmente cada vez que assisto percebo uma coisa que não tinha visto anteriormente e eu nunca canso de ver.
As imagens que estão pelo post foram colecionadas e são super divertidas. Abaixo uns links bacanas.
O post é para o @mbrabilla. Claro. 


Sobre a expressão preferida do Dr. Brown - http://en.wikipedia.org/wiki/Great_Scott